Mercado de criptomoedas voltou a cair em 2024 (Reprodução/Reprodução)
Agência de notícias
Publicado em 8 de julho de 2024 às 11h06.
Os investidores do Brasil aportaram US$ 11,3 milhões, cerca de R$ 61 milhões, em fundos de investimento baseados em criptomoedas no acumulado semanal da última sexta-feira, 5, período em que os aportes líquidos globais chegaram a US$ 441 milhões, de acordo com o relatório da CoinShares.
Na avaliação da gestora, a “fraqueza” dos preços no mercado na última semana foi ocasionada pelo aumento de oferta em razão do início do ressarcimento de credores da extinta corretora de criptomoedas Mt. Gox e movimentações de uma carteira atribuída ao governo da Alemanha.
Esses movimentos resultaram em um recuo do volume de negociações para US$ 7,9 bilhões no período, taxa de participação 17% menor em comparação com o mercado total de bolsas consideradas confiáveis.
Do total do fluxo líquido, EUA, Hong Kong, Suíça e Canadá responderam por entradas de US$ 384 milhões, US$ 32,3 milhões, US$ 23,8 milhões e US$ 12 milhões, respectivamente, enquanto os aportes da Austrália aparecerem depois do Brasil, a um volume de US$ 3,7 milhões.
Em direção contrária, Alemanha e Suécia registraram respectivas saídas líquidas de US$ 22,7 milhões e US$ 3,3 milhões. Na divisão por criptoativos, os principais aportes foram em fundos de bitcoin, solana, cestas multiativos, ether, litcoin e em fundos de short no bitcoin, com volumes respectivos de US$ 398 milhões, US$ 16,3 milhões, US$ 12,8 milhões, US$ 10,2 milhões, US$ 900 mil e US$ 500 mil.
Com exceção dos fundos da Grayscale e do CoinShares, cujas respectivas saídas líquidas foram de US$ 87 milhões e US$ 4 milhões, os demais produtos de investimentos em cripto mantiveram aportes líquidos semanais.
Os principais volumes foram dos ETFs da Fidelity, Bitwise, ARK 21 Shares, 21 Shares AG e iShares ETFs da BlackRock, com respectivos aportes de US$ 194 milhões, US$ 65 milhões, US$ 26 milhões, US$ 14 milhões e US$ 14 milhões. Porém, outros fundos totalizaram US$ 212 milhões e capitanearam a maior fatia do fluxo.
O acumulado de ativos sob gestão (AuM, na sigla em inglês) manteve o movimento de desaceleração apresentado na semana anterior e chegou a US$ 80,98 bilhões globalmente.
Nesse caso, o Brasil respondeu pela sexta colocação, com US$ 827 milhões, enquanto os EUA mantiveram a liderança global com US$ 63,53 bilhões, seguido por Suíça, Canadá, Alemanha e Suécia, com respectivos volumes acumulados de US$ 4,18 bilhões, US$ 4,05 bilhões, US$ 3,48 bilhões e US$ 2,83 bilhões.
Na semana anterior, os investidores nacionais aportaram R$ 43 milhões e iniciaram julho com otimismo em relação aos fundos de criptomoedas.