(Reprodução/Reprodução)
Repórter do Future of Money
Publicado em 12 de setembro de 2023 às 10h10.
Um estudo da Chainalysis, empresa de análise em blockchain, determinou os 20 países com a maior adoção das criptomoedas no último ano. O Brasil, que na última edição esteve em 7º lugar, agora recua para a 9ª posição, mas ainda continua liderando o mercado cripto na América Latina. O novo líder global do setor pode surpreender: a Índia ganhou o pódio.
“A adoção popular de cripto não se trata de quais países têm os maiores volumes brutos de transações – qualquer um provavelmente poderia adivinhar que os países maiores e mais ricos estão muito à frente nesse aspecto. Em vez disso, queremos destacar os países onde as pessoas comuns estão mais adotando a cripto”, disse a Chainalysis no documento, divulgado nesta terça-feira, 12.
As regiões da Ásia Central, Meridional e Oceania dominaram o topo do índice, com seis dos dez principais países: Índia, Vietnã, Tailândia, Filipinas, Indonésia e Paquistão. Já a América Latina foi representada no estudo apenas pelo Brasil, Argentina e México.
Os Estados Unidos, país que costuma liderar os rankings globais dos mais diversos tópicos, ficou em quarto lugar no estudo da Chainalysis. A empresa explicou a metodologia utilizada:
“Classificamos todos os 154 países para os quais temos dados suficientes sobre cada subíndice, ponderamos as classificações por características como tamanho da população e poder de compra, tomamos a média geométrica da classificação de cada país em todos os cinco e depois normalizamos esse número final numa escala de 0 a 1 para dar a cada país uma pontuação que determina a classificação geral. Quanto mais próxima de 1 for a pontuação final do país, maior será a classificação”.
Apesar das criptomoedas continuarem um assunto de destaque em muitos países, a adoção em massa está atualmente em baixa, depois de escândalos como o da FTX e ciclos de queda na cotação de seus principais ativos. No entanto, a Chainalysis observa no estudo que existem, ainda, países que apresentam movimentos de alta na adoção, como a própria Índia, que saiu de 4º lugar para o 1º no último ano.
“Mais especificamente, há um segmento crucial de países onde a adopção popular registou uma recuperação muito mais forte do que em qualquer outro lugar: os países de rendimento médio-baixo (LMI, na sigla em inglês). LMI é uma das quatro designações utilizadas pelo Banco Mundial para classificar os países por nível de riqueza, com base no rendimento nacional bruto per capita”, diz o documento.
O estudo ainda mostra que os países classificados como LMI são Índia, Nigéria e Ucrânia. A Nigéria fica em 2º lugar no ranking de adoção cripto, enquanto a Ucrânia está em 5º. O avanço destes países pode ajudar a incentivar o otimismo em relação a adoção da classe de ativos, já que eles possuem destaque na economia mundial e populações volumosas.
“Os países LMI são frequentemente países em ascensão, com indústrias e populações dinâmicas e em crescimento. Muitos deles passaram por um desenvolvimento econômico significativo nas últimas décadas para ascenderem do grupo de baixos rendimentos. E talvez o mais importante de tudo é que 40% da população mundial vive em países LMI. Se os países LMI são o futuro, então os dados indicam que cripto será uma grande parte desse futuro”, conclui a Chainalysis no documento.
Uma nova era da economia digital está acontecendo bem diante dos seus olhos. Não perca tempo nem fique para trás: abra sua conta na Mynt e invista com o apoio de especialistas e com curadoria dos melhores criptoativos para você investir.
Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok