O relatório mapeia a lucratividade dos investidores de criptoativos em um ano em que a adoção global de criptomoedas registrou forte expansão (Reprodução/Unsplash)
Cointelegraph Brasil
Publicado em 22 de abril de 2022 às 10h30.
Um levantamento da empresa de monitoramento de dados on-chain Chainalysis revelou que os investidores brasileiros realizaram lucros da ordem de US$ 2,5 bilhões negociando criptomoedas ao longo de 2021.
O montante equivalente a aproximadamente R$ 11,65 bilhões na cotação de hoje coloca o Brasil no 15º lugar no ranking global de lucratividade em operações envolvendo criptoativos realizadas no ano passado elaborado pela empresa.
O país ganhou uma posição em relação aos lucros realizados pelos investidores brasileiros em 2020, que haviam ficado em aproximadamente US$ 300 milhões. Assim, de 2020 para 2021, a lucratividade das operações realizadas por traders brasileiros cresceu 733%, em parte favorecida pelo ciclo de alta que levou as principais criptomoedas do mercado a novos recordes históricos.
Deve-se acrescentar ainda que o relatório sobre 2021 expandiu o foco do estudo para todas as criptomoedas monitoradas pela Chainalysis, enquanto o de 2020 restringiu-se ao Bitcoin (BTC).
Com grande vantagem sobre os demais, os traders mais bem sucedidos de 2021 foram os norte-americanos. Com lucros realizados de US$ 46,9 bilhões, os investidores dos EUA superaram os brasileiros em 18 vezes.
Chama atenção a baixa taxa de crescimento da lucratividade dos investidores chineses quando comparada a outros países. Provavelmente motivada pela repressão a transações envolvendo criptoativos e o banimento de atividades de mineração de criptomoedas, os lucros realizados pelos chineses em 2021 cresceram 194%. Menos da metade do crescimento dos lucros nos EUA (476%), Reino Unido (431%), Alemanha (423%) e mais de três vezes menor do que no Brasil.
O relatório mapeia a lucratividade dos investidores de criptoativos em um ano em que a adoção global de criptomoedas registrou forte expansão. No geral, os investidores obtiveram ganhos totais de US$ 162,7 bilhões em 2021, em comparação com apenas US$ 32,5 bilhões em 2020 – um crescimento de 400% favorecido tanto pela alta generalizada do mercado e da mudança na metodologia da pesquisa, conforme mencionado anteriormente.
A inclusão de outras criptomoedas ao levantamento revelou a crescente participação do Ethereum (ETH) nos lucros realizados por investidores do mundo todo, fato que merceu destaque no relatório:
"O Ethereum acabou superando o Bitcoin no total de lucros realizados globalmente na proporção de US$ 76,3 bilhões para US$ 74,7 bilhões. Acreditamos que isso reflete o aumento da demanda por Ethereum como resultado do crescimento do setor DeFi em 2021, já que a maioria dos protocolos DeFi são construídos na blockchain Ethereum e usam o Ethereum como moeda principal.
No Brasil, houve uma participação equânime das duas principais criptomoedas do mercado na lucratividade dos investidores.
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