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Brasil contraria aversão a risco e aporta R$ 21,8 milhões em fundos de criptomoedas

Temores sobre possível recessão nos EUA prejudicaram criptomoedas e levaram a movimento de saques em fundos, mas Brasil foi exceção

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 10 de setembro de 2024 às 09h30.

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Os investimentos do Brasil em fundos focados em criptomoedas totalizaram US$ 3,9 milhões (R$ 21,8 milhões, na cotação atual) no acumulado semanal da última sexta-feira, 6. No mesmo período, o segmento registrou US$ 726 milhões em saques líquidas globais, segundo a empresa CoinShares.

De acordo com o relatório da gestora, investidores da Alemanha, Suíça e Austrália também demonstraram otimismo e tiveram aportes líquidos de US$ 16,3 milhões, US$ 3,2 milhões e US$ 900 mil, respectivamente. Em direção oposta, Estados Unidos, Canadá e Suécia sacaram US$ 721 milhões, US$ 27,9 milhões e US$ 1,4 milhão, respectivamente.

Na avaliação da CoinShares, os saques se relacionaram ao avanço da aversão ao risco entre investidores por causa da divulgação de dados mais fortes que os aguardados pelo mercado em relação a uma possível recessão nos Estados Unidos.

Porém, reforçou a gestora, os saques em produtos de investimento de criptomoedas diminuíram no final da semana pela expectativa de que esses dados possam servir de catalisador para um corte mais agressivo, de 0,5 ponto percentual, nas taxas de juros do Federal Reserve no próximo dia 18 de setembro.

O bitcoin capitaneou o movimento de saques, com US$ 643 milhões em saídas líquidas, seguido pelo ether e pela Cardano, com respectivos perdas de US$ 98,1 milhões e US$ 800 mil. Em direção contrária, Solana, Short Bitcoin, cestas multiativos e XRP tiveram fluxos positivos de US$ 6,2 milhões, US$ 3,9 milhões, US$ 3,4 milhões e US$ 1 milhão.

Na divisão por gestoras, os maiores saldos negativos foram dos ETFs de criptomoedas da Fidelity, seguidos dos produtos das gestoras Grayscale, Bitwise e Ark 21 Shares, com perdas de US$ 405 milhões, US$ 260 milhões, US$ 60 milhões e US$ 41 milhões, respectivamente.

Os ETFs de criptomoedas da BlackRock conseguiram fechar a última semana com um saldo positivo, mas inferior a US$ 5 milhões em aportes. Já outros fundos globais de diferentes gestoras atraíram US$ 33 milhões em investimentos.

O total de ativos sob gestão (AuM, na sigla em inglês) do setor recuou mais uma vez, caindo para um volume de US$ 74,5 bilhões. A queda também ocorreu no grupo de fundos de cripto do Brasil, que ainda somam um total de ativos de US$ 787 milhões, na sexta colocação global.

Estados Unidos, Suíça, Canadá, Alemanha e Suécia respondem respectivamente por US$ 55,73 bilhões, US$ 4,20 bilhões, US$ 3,70 bilhões, US$ 3,28 bilhões e US$ 2,45 bilhões em ativos sob gestão acumulados em 2024.

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