(Nur Photo/Getty Images)
O analista sênior de estratégia macro da Bloomberg Mike McGlone defendeu recentemente que o ether, ligado ao blockchain Ethereum, ainda é a criptomoeda melhor posicionada para superar o bitcoin, e que isso pode acontecer já no próximo ciclo de valorização do setor, que atualmente passa pelo chamado "inverno cripto" e sofre duras perdas.
Em uma publicação no Twitter, McGlone explicou que os avanços do ether em relação ao bitcoin se mantiveram "inabalados" mesmo diante do quadro macroeconômico negativo que levou ao inverno cripto. Além disso, esse movimento pode "estar ganhando sustentação".
Segundo o analista, a correlação entre as duas criptomoedas seguem no mesmo nível de maio de 2021. Naquele mês, porém, o índice Nasdaq 100 - que reúne as principais ações da bolsa de valores de tecnologia - estava em um valor 20% maior que o atual.
Para McGlone, isso mostra a resiliência do ether em relação ao bitcoin, indicando também uma tendência de que a segunda maior criptomoeda do mercado ultrapassará a líder do setor em algum momento, em uma trajetória "coincidente com a alta de ativos de risco".
Ele acredita que essa superação demandaria uma migração das criptomoedas para o "mainstream", ou seja, uma adoção maior por parte da população em geral, o que permitiria uma valorização maior dos ativos digitais.
Além disso, McGlone aposta que "quando a poeira abaixar e houver alguma reversão para os ativos de risco em meio às pressões inflacionárias, é mais provável que o ether retome o que estava fazendo antes, superar [o bitcoin]".
Além do ether ser a segunda maior criptomoeda do mercado, a Ethereum é uma das redes blockchain mais utilizadas. Em 2022, o volume total de transações nela foi 338% maior do que no blockchain do bitcoin, com 408,5 milhões contra 93,1 milhões, segundo dados da Nasdaq e Ycharts.
No entanto, embora a Ethereum possa estar à frente em termos de transações e atividades, o bitcoin continua sendo a criptomoeda mais pesquisada online. Em 2022, foram 28,4 milhões de pesquisas mensais no Google, contra 3,8 milhões do blockchain.
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