Future of Money

Grayscale revela fundo cripto de DeFi ligado ao novo índice da Coindesk

O novo fundo se une ao crescente número de ofertas buscando ajudar investidores a apostar com facilidade no crescimento das finanças descentralizadas (DeFi)

ConsenSys e Universidade de Hong Kong desenvolveram passaporte digital da Covid-19 totalmente baseado em blockchain (sankai/Getty Images)

ConsenSys e Universidade de Hong Kong desenvolveram passaporte digital da Covid-19 totalmente baseado em blockchain (sankai/Getty Images)

A Grayscale, a maior gestora de criptomoedas, anunciou na segunda-feira que iniciou um fundo focado em tokens de finanças descentralizadas (DeFi), baseado em um novo índice específico de DeFi produzido pela TradeBlock, divisão da CoinDesk.

As companhias, ambas subsidiárias da companhia proprietária da CoinDesk, o Digital Currency Group (DCG), escreveram em um comunicado de imprensa conjunto que o fundo Grayscale DeFi proporciona “exposição à uma seleção de protocolos DeFi líderes da indústria através de um portfólio medido em capitalização de mercado.” A ideia é que investidores possam alocar dinheiro em DeFi sem ter que comprar os tokens diretamente.

DeFi são protocolos baseados em blockchain desenvolvidos para oferecer acesso a serviços financeiros com criptomoedas sem intermediários. O sistema é atualmente um dos segmentos que mais cresce na indústria dos ativos digitais. O total em dinheiro bloqueado como garantia nesses protocolos cresceu 19 vezes no último ano, chegando a 50 bilhões de dólares, e os preços dos tokens associados à maioria dessas plataformas subiu consideravelmente.

“Baseado na adoção do usuário de que o que vemos ao nosso redor são protocolos DeFi e tecnologia DeFi, nós realmente pensamos que o futuro dessa área é brilhante,”, disse o CEO da Grayscale, Michael Sonnenshein, em uma entrevista ao programa da CoinDesk TV, o First Mover, na segunda-feira.

O fundo está aberto somente aos “investidores individuais e institucionais credenciados que sejam elegíveis”, de acordo com o comunicado de imprensa. A Grayscale afirmou que “tem a intenção de buscar ter ações desse novo produto cotadas em um mercado secundário” mas adicionou que “não há garantia de que terá sucesso.”

O Índice DeFi da Coindesk (CoinDesk DeFi Index) é um produto novo da TradeBlock, uma das primeiras empresas a desenvolver um índice para investidores profissionais acompanharem o bitcoin quando lançou o XBX Index em 2014. A CoinDesk anunciou em Janeiro a compra da TradeBlock por um valor não divulgado.

O novo índice se junta a uma lista crescente de ofertas pensadas com o objetivo de ajudar investidores a rastrear os preços de tokens DeFi e investir neles. No mês passado, a empresa de tecnologia Amun lançou dois novos produtos, o DeFi Index Token e o DeFi Momentum Index.

A empresa de dados de criptomoedas Messari tem uma ferramenta de triagem dedicada que rastreia 164 tokens DeFi. A média de preços dos tokens aumentou em 395% esse ano, vs. 8,3% para o bitcoin, a maior criptomoeda em valor de mercado, e 160% para o segundo colocado, ether.

Segundo o comunicado de imprensa, o CoinDesk DeFi Index busca prover uma “representação de modelo em base ampla dos protocolos DeFi,”, com ativos medidos em valor de mercado.

A partir de primeiro de Julho de 2021, o índice consistiu nos seguintes ativos, com seus pesos baseados na capitalização de mercado:

  • Uniswap(UNI), 49.95%
  • Aave(AAVE), 10.25%
  • Compound (COMP), 8.38%
  • Curve (CRV), 7.44%
  • MakerDAO(MKR), 6.49%
  • SushiSwap (SUSHI), 4.83%
  • Synthetix (SNX), 4.43%
  • Yearn Finance(YFI), 3.31%
  • UMA Protocol (UMA), 2.93%
  • Bancor Network Token (BNT), 2.00%
Texto traduzido e republicado com autorização da CoinDesk

 

Acompanhe tudo sobre:CriptomoedasFundos de investimento

Mais de Future of Money

Aave: como o maior banco descentralizado pode transformar o mercado financeiro

Drex: o que muda no dia a dia dos brasileiros com o real digital?

Sam Altman diz que criptomoedas podem ter "futuro brilhante" e elogia Worldcoin

Evento reúne BC, CVM e mercado para debater futuro da economia digital no Brasil