(NurPhoto / Colaborador/Getty Images)
A semana não começou bem para o bitcoin, com uma queda de 8,65% na segunda feira, após os mercados globais terem assumido uma posição de risk-off. O cenário dessa quinta feira já é um pouco melhor, com o criptoativo trabalhando no patamar de US$43.715,00.
No gráfico diário, observamos o preço ainda sendo negociado abaixo da média móvel de 200 períodos (US$45.750,00), indicando que ainda existe uma pressão vendedora. Observando a pernada de queda entre 14 de abril e 22 de junho (seta laranja), podemos traçar a ferramenta de Fibonacci (determinação de resistências com base em regiões de correção de uma pernada baseado nas proporções de Fibonacci), e ver que o topo dos US53.000,00 foi a retração de 61,8% do movimento citado (a dificuldade do rompimento já era esperada). A sustentação acima do topo anterior dos US$42.000 é positiva, uma vez que uma tendência de alta é formada por topos e fundos ascendentes.
O Índice de Força Relativa (seta verde - que mede a força da tendência) saiu do estado de sobrevenda e recupera fôlego, demonstrando enfraquecimento do movimento de queda e da força vendedora.
O cenário dos próximos dias pode ser lateralizado, enquanto o bitcoin precisa superar a média móvel de 200 períodos para buscar novas altas. É importante ressaltar que a tendência de longo prazo ainda é de alta, enquanto oscilações de curto prazo acontecem na falta de drivers fundamentalistas, influência da volatilidade de outras classes de ativos e um aumento da aversão à risco em mercados globais.
O cenário de curto prazo, observado pelo gráfico de 4 horas, mostra uma tentativa de recuperação acima da média móvel de 21 períodos (azul) e teste da resistência dos US$44.300. O rompimento do nível de preço citado é importante, uma vez que o movimento pode fazer com que a média móvel de 21 períodos passe a ter inclinação ascendente, indicando a volta da pressão compradora (pelo menos no curto prazo). O rompimento dos US$44.300 pode levar ao teste da média móvel de 200 períodos (rosa), próximo dos US$48.000,00. Outro fato que sustenta a recuperação é a retomada da capitalização de mercado do bitcoin acima dos US$ 800 bilhões.
*Lucas Costa é mestre em administração e economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuou como pesquisador acadêmico e professor nas temáticas de blockchain, criptomoedas e comportamento de consumo, sendo um dos fundadores do grupo de pesquisa Blockchain UFJF. Foi operador de câmbio em mesa proprietária com foco em análise técnica, e trader pessoa física em mercado futuro. Atualmente, é analista técnico CNPI do BTG Pactual Digital, e apresenta a sala ao vivo de análises de maior audiência do Brasil.
Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube