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Repórter do Future of Money
Publicado em 30 de outubro de 2023 às 11h04.
Última atualização em 30 de outubro de 2023 às 12h02.
Nesta segunda-feira, 30, o bitcoin se mantêm próximo dos US$ 35 mil, maior preço de 2023. Na última semana, a criptomoeda voltou a chamar a atenção de investidores com o maior volume de negociação desde março deste ano. Outras criptos, por outro lado, apresentam números significativos no cenário positivo de cotação.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 34.712, com alta de 1% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. Desde o início do mês, o bitcoin subiu 28,83%.
“O bitcoin se mantém resiliente rondando a resistência em US$35.000, amanhecendo o dia levemente positivo. A moeda conservou a maior parte da alta dos últimos dias, mesmo período em que as bolsas e demais índices de renda variável derreteram com o aumento da aversão a risco global”, comentou Thiago Rigo, analista da Titanium Asset Management.
Depois de um mês bastante positivo, a principal criptomoeda volta a chamar a atenção de investidores, segundo João Galhardo, analista da Mynt, plataforma de ativos digitais do BTG Pactual.
“Uma das evidências para isso é o reavivamento do volume à vista negociado nas corretoras. Na última quinta-feira, 26, o bitcoin atingiu um volume negociado à vista superior aos US$ 16 bilhões, número que não era atingido desde o final de março de 2023”, disse ele à EXAME.
O bitcoin se descorrelacionou dos índices acionários norte-americanos e, em contrapartida, está mais correlacionado ao ouro. O bitcoin e o ouro são frequentemente comparados por especialistas. Alguns, incluindo o CEO da BlackRock, afirmam até mesmo que o bitcoin “é o ouro digital”.
“Seguindo o método da correlação de Pearson, a correlação da maior criptomoeda com o S&P 500, índice acionário de referência nos EUA, caiu do campo positivo para -0,65 nos últimos 30 dias, enquanto a correlação com o ouro avançou para 0,58. Números perto de -1 indicam forte correlação inversa, enquanto resultados perto de 1 indicam maior correlação”, disse Thiago Rigo.
“O indicador estatístico mostra que no cenário de descrença do mercado com ativos vistos como voláteis, o rali do ouro e do bitcoin quase ao mesmo tempo fez ambos os ativos vistos como ‘reserva de valor’ se destacarem”, acrescentou.
"Para a semana, a reunião do FOMC deve terminar deixando os juros estáveis nos EUA, mas o discurso de Powell como sempre deve trazer alguma volatilidade no dia.", disse Thiago Rigo. A reunião que define a política monetária dos EUA ocorrerá na próxima quarta-feira.
"Mesmo com membros do comitê de política monetária utilizando tom mais dovish, o chairman tem medido as palavras para não soar menos contracionista que deveria. Seu discurso deve mais uma vez reafirmar que o Fed perseguirá a meta da inflação em 2%, mas também deve ressaltar os últimos indicadores positivos da economia, como o índice de preços PCE que veio em linha com o consenso", acrescentou.
Além do bitcoin, o ether é cotado a US$ 1.818 no momento, com alta de 1,4% nas últimas 24 horas. No mês, a segunda maior criptomoeda do mundo em valor de mercado subiu 8,35%.
Nesta segunda-feira, 30, se destacam por altas significativas as criptomoedas Solana, Avalanche e XRP, que sobem, respectivamente, 7,29%, 5,22% e 4%, de acordo com dados do CoinMarketCap.
Um relatório recente da VanEck prevê uma alta de até 10.600 para a Solana, que poderia chegar a US$ 3.211 até 2030.
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