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Bitcoin pode chegar a US$ 90 mil se Trump vencer eleições nos EUA, diz gestora

Bernstein publicou relatório em que afirma que presidência de Donald Trump seria mais vantajosa para o bitcoin

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 10 de outubro de 2024 às 09h30.

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A gestora Bernstein publicou um relatório nesta semana em que reforçou suas projeções de que uma vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos neste ano seria benéfica para o bitcoin, impulsionando o ativo, enquanto uma vitória de Kamala Harris poderia derrubar o preço da criptomoeda.

Analistas da gestora citaram as diversas declarações públicas favoráveis ao setor feitas por Trump nos últimos meses, incluindo a sua autodefinição como um "criptopresidente" e suas promessas de incentivar a mineração de cripto no país e indicar um presidente da SEC favorável ao mercado.

O Bernstein vê um contraste com as posições de Kamala Harris, que até o momento apresentou apenas "comentários mais genéricos" sobre seus planos de incentivar a liderança dos EUA em blockchain e o mercado de cripto e, ao mesmo tempo, priorizar a proteção dos consumidores.

Na visão dos analistas, "uma vitória de Trump seria incrementalmente positiva para o bitcoin e o mercado de criptomoedas. Nesse cenário, esperamos que o bitcoin chegue a novas máximas, de US$ 80 mil até US$ 90 mil, superando o recorde de preço anterior de US$ 74 mil".

Já no caso de uma vitória de Kamala Harris, a gestora "acredita que, no curto prazo, o bitcoin vai testar novas mínimas, na faixa de US$ 40 mil", um patamar que ainda não foi atingido pela criptomoeda neste ano, mesmo em movimentos de correção de preço mais recentes.

Apesar desse cenário, o relatório aponta que outras criptomoedas, como o ether e a Solana, tendem a ser menos beneficiadas ou prejudicadas pelo resultado das eleições, já que ainda dependem de decisões específicas da SEC e outros processos regulatórios para ter um futuro mais claro no mercado do país.

Eleições nos EUA e cripto

Em entrevista recente à EXAME, Fabio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase, a maior exchange dos EUA, afirmou que as eleições presidenciais deste ano deverão ser as de "maior impacto" na história do mercado de criptomoedas. Entretanto, ele espera avanços regulatórios independentemente do vencedor.

"Hoje, os Estados Unidos têm mais de 52 milhões de americanos com investimentos em criptomoedas. É um grupo que virou um bloco votante importante e que têm se posicionado pedindo mais clareza para os candidatos, não é à toa que eles reagem a isso trazendo tópicos que tocam em cripto", destacou.

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