Bitcoin valorizou mais de 130% em 2023 (Reprodução/Reprodução)
Repórter do Future of Money
Publicado em 15 de dezembro de 2023 às 14h41.
A alta do bitcoin nas última semanas de 2023, com a criptomoeda operando nos maiores patamares de preço registrados neste ano, tem sido apoiada principalmente pelo otimismo do mercado em relação à aprovação nos Estados Unidos de ETFs de preço à vista do ativo. Entretanto, a moeda digital pode não precisar desse evento para valorizar em 2024.
É o que defende Markus Tielen, atual chefe de pesquisa da empresa de criptoativos Matrixport, em um relatório divulgado na última quarta-feira, 13. Para ele, a criptomoeda já deverá contar com um cenário mais favorável do ponto de vista macroeconômico e terá uma novidade importante em seu projeto, dois elementos que, juntos, já deverão levá-la para um patamar de preço maior que os registrados em 2023.
Tielen destaca que "compreender o ambiente macroeconômico e as considerações de liquidez combinadas com a estrutura e os fundamentos do mercado cripto é crucial para prever como esse mercado vai evoluir. Não há dúvida de que cripto tende a ter dificuldades em ambientes de baixa liquidez, como 2022, mas prospera quando mudam as expectativas de que a liquidez se tornará amplo no futuro".
Essa mudança de perspectiva, ressalta, é o que explicou a alta da criptomoeda na maior parte de 2023. Agora, o cenário pode ficar ainda mais favorável, já que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicou nesta semana uma "vitória na luta contra a inflação", suspendendo o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos e sinalizando possíveis cortes já em 2024.
"Quando o Fed terminou o último ciclo de alta de juros e manteve as taxas no mesmo nível por sete meses em 2019, o preço do bitcoin aumentou quase 300%. O Fed projeta três cortes em 2024, mas isso ainda estaria aquém da diferença entre a inflação e as taxas de juro", pontua Tielen.
Além da mudança no cenário macroeconômico global, o analista lembra que 2024 contará com mais um halving - evento em que a quantidade de bitcoins liberados para o mercado via mineração cai pela metade. Segundo ele, o preço da criptomoeda aumentou em média 192% após os halvings anteriores, indicando espaço para valorização.
Por isso, Tielen afirma no relatório que "mesmo que a SEC não aprove os ETFs de bitcoin em janeiro de 2024, provavelmente veremos preços das criptomoedas mais altos no próximo ano. Os investidores deverão monitor o domínio do bitcoin, e um indicador de queda pode sinalizar que uma alta das criptomoedas alternativas é iminente".
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