(Chesnot/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2022 às 14h09.
Apesar de ainda não ter suas teses e fundamentos consolidados, de ainda ser um ativo e uma tecnologia muito recentes, de sua volatilidade ainda em níveis mais elevados do que se espera e, claro, da forte queda dos últimos meses, é inegável que o bitcoin vem se tornando uma alternativa a classes de ativos tradicionais.
Uma métrica importante deixa isso claro: nos últimos 30 dias, o volume de negociação da principal criptomoeda do mundo foi mais do que duas vezes maior do que de ações da Apple, a maior empresa do mundo por valor de mercado, cujos papeis são negociados na Nasdaq.
O levantamento do site Finbold, mostra que nos 30 dias anteriores a 23 de julho, a média de volume de negociação das ações da Apple foi de US$ 11,6 bilhões. O dado tem como base o total de papeis negociados por dia, de 79,92 milhões, de acordo com o YCharts, multiplicado pelo preço médio da ação no período, de US$ 145,64.
Nos mesmos dias, segundo dados da plataforma CoinMarketCap, o bitcoin teve volume médio diário de US$ 27,7 bilhões em negociações.
Os números, por si só, não significam muita coisa, mas dão uma dimensão do interesse de investidores pela nova classe de ativos digitais, criada e liderada pelo bitcoin, e também do amadurecimento deste novo mercado.
Chama atenção também o fato de que os dados foram obtidos durante parte de junho, que foi um dos piores meses da história do bitcoin e também encerrou o pior trimestre de todos os tempos para a criptomoeda, que perdeu 56% do valor no período.
As ações da Apple - e das empresas de tecnologia de forma geral - também não vivem bom momento, com queda de quase 16% em 2022. Nos últimos 30 dias, entretanto, os papeis APPL já acumulam ganho de 8,5%, enquanto o bitcoin subiu apenas 4,7%.
Ativos de risco - e tanto o bitcoin quanto as ações da Apple se enquadram ness definição - têm sofrido ao longo de 2022 devido ao contexto macroeconômico desfavorável, que inclui alta da inflação e das taxas de juros, desaceleração da economia chinesa, guerra na Ucrânia e seus desdobramentos na Europa, entre outros fatores.
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