Repórter do Future of Money
Publicado em 21 de outubro de 2024 às 10h58.
Última atualização em 21 de outubro de 2024 às 14h21.
O bitcoin opera em queda nesta segunda-feira, 21, em um movimento de correção após atingir um preço de US$ 69 mil ao longo do último fim de semana. Apesar da queda, especialistas avaliam que a criptomoeda ainda tem uma trajetória de alta no curto prazo, podendo atingir um novo recorde de preço.
Dados da plataforma CoinGecko apontam que, por volta das 14h21, o bitcoin acumula uma queda de 1,6% nas últimas 24 horas, cotado em US$ 67.395. Já o ether recua 0,7%, cotado em US$ 2.671. O mercado cripto como um todo opera em queda de 2,4% nas últimas 24 horas.
Julio Andreoni, especialista cripto do Bitybank, afirma que a maior criptomoeda do mercado tem sido "muito influenciada pelos pacotes de estímulos chineses" e pela tradição de ter um movimento de alta em outubro. Ele ressalta que o ativo já ultrapassou seu preço recorde em relação ao real.
Para a semana, ele destaca a importância da divulgação da nova edição do Livro Bege nos Estados Unidos, que poderá "criar volatilidade nos mercados dependendo das percepções sobre a saúde econômica dos EUA e suas implicações para a política monetária", por sua vez também podendo impactar o bitcoin.
Haverá, ainda, um "foco no mercado de trabalho" dos Estados Unidos, em especial na divulgação dos pedidos de seguro-desemprego do país. A combinação dos dados poderá dar mais detalhes sobre o futuro do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos, impactando diretamente o mercado cripto.
Especificamente no caso do bitcoin, Andreoni comenta ainda que a divulgação de resultados financeiros da Tesla na próxima quarta-feira, 23, pode "pode gerar repercussões no mercado de criptoativos". Recentemente, a empresa de Elon Musk movimentou suas reservas bilionárias na criptomoeda, gerando temores sobre uma possível venda dos ativos.
Lucas Josa, analista da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual, afirmou recentemente que "se os fluxos continuarem, temos boas chances do bitcoin romper um recorde", mas ainda será preciso monitorar desdobramentos no cenário macroeconômico global - em especial nos Estados Unidos - e nos conflitos do Oriente Médio".
Mesmo assim, o analista destaca que, no momento, "o cenário está colaborando" para um novo recorde de preço. "O cenário é de correções no curto prazo, que podem até ser mais agudas para limpar a alavancagem no mercado", ressalta Josa.