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Criptomoedas hoje: bitcoin tem forte correção e sinaliza "interrupção de alta", segundo especialista

Aversão ao risco atinge mercado de criptomoedas, com saída de quase US$ 800 milhões em uma semana

 (Reprodução/Reprodução)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 10 de março de 2025 às 11h12.

Última atualização em 10 de março de 2025 às 11h27.

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Nesta segunda-feira, 10, o bitcoin e as principais criptomoedas iniciam a semana "no vermelho" após a aversão ao risco atingir o setor de ativos digitais em consonância com o restante dos mercados financeiros globais.

No momento, o bitcoin é cotado a US$ 80.757, com queda de quase 3,2% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, a maior criptomoeda do mundo acumula perdas de quase 14%.

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"Apesar da queda, o preço ainda mantém um alto volume comprador no gráfico diário, o qual vem servindo como ponto de suporte para o preço da principal criptomoeda do mercado", disse Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio.

"Contudo, caso o preço do bitcoin rompa o suporte dos US$ 78.260, haverá um vácuo de liquidez até o próximo suporte, que está na faixa de preço de US$ 75.900. As resistências de curto e médio prazo estão nas áreas de valor dos US$ 84.300 e US$ 86.200", acrescentou.

Por que o bitcoin despencou?

O Índice de Medo e Ganância, utilizado para medir o sentimento do mercado cripto, sinaliza "medo extremo" em 20 pontos.

"O mercado cripto fechou a última semana em forte correção, refletindo uma onda de aversão ao risco que abalou a classe de ativos. O bitcoin caiu 14,4%, testando brevemente o suporte psicológico dos US$ 80 mil, um recuo que sugere uma interrupção temporária na trajetória de alta recente, influenciada por incertezas macroeconômicas e realização de lucros", explicou João Galhardo, analista de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual.

"O mercado de ações dos EUA encerrou sua terceira semana consecutiva em queda, pressionado por temores de guerra comercial e sinais de recessão. Esses fatores macroeconômicos têm impactado diretamente o mercado de criptoativos que, apesar de sua proposta descentralizada, mantém forte correlação com ativos de risco tradicionais durante períodos de instabilidade econômica, evidenciando que ainda não são amplamente reconhecidos como refúgio seguro em momentos de crise", acrescentou.

"Essa aversão a risco levou à quarta semana consecutiva de saídas de capital, totalizando US$ 799,39 milhões na última semana, refletindo a postura cautelosa dos investidores institucionais frente às incertezas globais. Contudo, vale ressaltar que períodos prolongados de fluxos negativos em ETFs frequentemente coincidiram com pontos de reversão no mercado cripto, sugerindo possível esgotamento da pressão vendedora", concluiu Galhardo.

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