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Repórter do Future of Money
Publicado em 27 de fevereiro de 2025 às 15h56.
Brian Moynihan, CEO do Bank of America, afirmou na última terça-feira, 25, que o banco está interessado em lançar uma stablecoin pareada ao dólar. Entretanto, ele destacou que ainda é necessário esperar até que os Estados Unidos tenham uma regulamentação clara para o segmento.
Em entrevista à Bloomberg, Moynihan disse que "está bastante claro que vamos ter stablecoins, e que será algo totalmente pareado e assegurado pelo dólar, o que não é diferente de fundos de mercado ou de uma conta bancária, na verdade".
O CEO do Bank of America disse ainda que "se eles [o governo dos Estados Unidos] tornarem as stablecoins legais, nós vamos entrar nesse negócio. Então, você teria uma moeda do Bank of America, e nós seremos capazes de movimentá-las livremente".
Entretanto, ele ressaltou que o banco não foi capaz de usar esse tipo de criptomoeda até o momento. O motivo é que os Estados Unidos não contam com uma regulação sobre uso e características das stablecoins, o que ainda afasta muitas instituições financeiras tradicionais, que evitam riscos de possíveis punições.
Apesar de esperar um crescimento desse tipo de ativo, Moynihan também pontuou que "a questão de para que as stablecoins seriam úteis vai ser interessante", indicando que ainda não há um consenso no mercado sobre os casos de uso com mais potencial para esse tipo de ativo.
Moynihan considera que o grau de utilização e adoção das stablecoins dependerá diretamente da quantidade de casos de uso que serão efetivamente implementados no mercado, e do quão efetivos esses ativos serão nessas aplicações.
No momento, os Estados Unidos contam com projetos de lei de regulamentação de stablecoins tramitando no Congresso. Recentemente, líderes do Partido Republicano afirmaram que pretendem aprovar uma regulamentação para o segmento ainda em 2025, priorizando a área.
O avanço da regulamentação de criptomoedas no país reflete a chegada do governo de Donald Trump, que já havia sinalizado em sua campanha que era favorável ao setor. Ele defendeu a criação de leis que não inibam o crescimento e a inovação no mercado, mas que protejam investidores.
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