(Reprodução/Reprodução)
Repórter do Future of Money
Publicado em 24 de novembro de 2023 às 18h00.
A inteligência artificial (IA) se tornou mais popular com o sucesso de programas como o ChatGPT em 2023. No entanto, a tecnologia já existe há muito mais tempo e já é explorada por grandes bancos. De acordo com um novo relatório do Bank of America, a IA tem potencial para melhorar a produtividade e aumentar os retornos bancários, mas existem desafios.
A inteligência artificial pode ser usada para automatizar diversas funções dentro de instituições bancárias, o que melhoraria a produtividade e poderia inclusive reduzir custos e aumentar os retornos.
“Embora uma maior automação – provavelmente a primeira e maior aplicação da tecnologia de IA para os bancos – tenha o potencial de melhorar a produtividade dos bancos e, assim, aumentar os retornos dos bancos, também vemos algumas vulnerabilidades em torno do amplo uso da IA nos bancos”, escreveram os analistas do Bank of America em um relatório recente.
“Hoje nós vemos soluções de inteligência artificial sendo adotadas para todo lado, mas na verdade isso já vem muito antes do aparecimento do ChatGPT. Você tem o uso de soluções de IA adotadas em software há muito tempo não só nas empresas de tecnologia mas também no setor bancário. Hoje você tem software de inteligência artificial por exemplo, analisando fluxos de pagamento, de movimentações, e isso tem sido uma máxima dentro do setor financeiro”, disse Fábio Assolini, chefe da equipe de analistas da Kaspersky na América Latina, em entrevista à EXAME.
A tecnologia, que é mais antiga do que parece, já está sendo utilizada pela maioria dos grandes bancos, mas com cautela. Os especialistas do Bank of America, por exemplo, acreditam que se a inteligência artificial for capaz de proporcionar eficiências tangíveis aos bancos europeus e aumentar os retornos, “isto provavelmente será reconhecido com classificações de crédito mais estáveis a mais elevadas e spreads seguros”.
O relatório do Bank of America também mencionou a quantidade de dados sensíveis que os bancos possuem de seus clientes e os desafios envolvendo a regulação da inteligência artificial em países ao redor do mundo.
“Os bancos e supervisores terão de estar confortáveis com os riscos que acompanham a institucionalização de IA”, disse o relatório.
Para os analistas do Bank of America, as preocupações provavelmente se concentrarão na segurança e no “desafio de manter os ativos dos clientes seguros em um mundo de IA democratizada, que também proporcionou barreiras mais baixas aos atores de ameaças”.
Em relação à segurança, a popularização destas ferramentas com o sucesso do ChatGPT pode ajudar também os cibercriminosos a desenvolverem novos métodos mais eficientes de ataques hacker.
“Agora, uma outra questão é que quando essas ferramentas se tornam populares, você aumenta o interesse dos cibercriminosos visando explorar essas ferramentas em seus ataques. E claro, quando você tem essas oportunidades, os cibercriminosos não costumam perder essas oportunidades para efetuar esses ataques”, explicou Fábio Assolini, da Kaspersky.
“Então é muito importante para quem adota essas ferramentas que tenha cuidado com a questão dos acessos, do fornecedor, porque essas ferramentas ajudam muito no backoffice e no processamento dos dados mas por outro lado elas também se tornam uma arma poderosa quando um invasor que tem acesso à rede tem acesso à essas mesmas ferramentas. Então a gente acredita que a segurança completa é em camadas e você limitar o acesso à essas ferramentas internas de inteligência artificial é muito importante. Não só limitar como também monitorar o acesso”, concluiu o especialista à EXAME.
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