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B3 faz nova investida no mercado de criptoativos e testa debênture tokenizada

B3 quer evoluir continuamente em seu negócio principal, trazendo inovações que beneficiem seus clientes e contribuam para o desenvolvimento do mercado

 (Reprodução/Reprodução)

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Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 27 de junho de 2023 às 12h00.

Última atualização em 27 de junho de 2023 às 12h17.

A B3, bolsa do Brasil, anunciou o lançamento de uma nova plataforma para emissão, registro e negociação de ativos tokenizados, acompanhando demanda crescente do mercado, que busca exposição segura a produtos digitais.

A iniciativa já nasce com a primeira tokenização de ativo regulado. Tokens representativos de debêntures foram emitidos por uma instituição financeira no novo ambiente da B3 (em parceria com a QR Capital e Hathor) e transferidas para carteiras digitais de outras instituições financeiras.

Segundo a B3, a plataforma para ativos digitais reforça a estratégia da B3 de evoluir continuamente em seu negócio principal, trazendo inovações que beneficiem seus clientes e contribuam para o desenvolvimento do mercado. O sistema utiliza tecnologia blockchain, o que aumenta a segurança e a eficiência na transferência de ativos digitais.

“A B3 oferece uma plataforma completa, com tecnologia de ponta e segurança, para facilitar a negociação de ativos tokenizados de forma ágil e transparente, permitindo que todos os tipos de investidores possam ampliar as possibilidades de diversificação de suas carteiras”, afirma Humberto Costa, superintendente de Novos Negócios da B3.

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Sobre o primeiro ativo regulado que foi tokenizado, o executivo explica que as debêntures foram digitalizadas e disponibilizadas em uma rede blockchain. Para garantir a solidez à operação, o ativo foi mantido na depositária de renda fixa, seguindo o arcabouço regulatório vigente, e replicado para a nova tecnologia.

O superintendente da B3 ressalta que a companhia já tem outros projetos semelhantes em andamento, que devem ser oferecidos aos clientes em breve.

“Outros ativos negociados que passam pela depositária da B3, local onde estão armazenadas as informações de um papel, como titularidade e o histórico, poderão ser tokenizados”, afirma.

B3, tokenização e criptomoedas

Recentemente, a B3, por meio de seu braço digital, B3 Digitas, lançou uma exchange própria de criptomoedas que permite a negociação direta de Bitcoin, Ethereum, USDT, Litecoin e Ripple. O serviço funciona no sistema cripto-as-a-service, no qual empresas podem integrar os serviços de exchange da Bolsa brasileira, tal qual o Nubank e Mercado Pago realizam com a Paxos.

O primeiro cliente da B3 é o Banco Inter, que anunciou nesta segunda, 26, que agora seus clientes vão poder comprar Bitcoin (BTC) e outras criptomoedas, diretamente pela interface do banco

No entanto, o 'envolvimento' da B3 com o mercado cripto ocorre desde 2017 quando a Bolsa anunciou que estudava o lançamento de um ETF de Futuros de Bitcoin. Contudo, devido ao bear market que ocorre na sequência, os planos foram adiados e uma proposta do tipo só foi efetivamente protocolada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no ano passado, tendo sido reprovada pelo regulador.

Além disso, no começo deste ano, a B3, recebeu a autorização da CVM para a constituição e a aprovação do investimento no L4 Venture Builder. O fundo, com capital de R$ 600 milhões, é destinado a investimentos no ecossistema de inovação em empreendedorismo. A decisão do regulador foi publicada hoje (8 de março), no informativo da reunião do colegiado.

Anunciado em maio do ano passado, o L4 Venture Builder nasceu com o objetivo de fortalecer a estratégia da B3 de inovação em seu negócio principal e de crescimento em outras frentes, acelerando sua presença em negócios com alto potencial de crescimento.

“Desde que o fundo foi anunciado pela B3 ao mercado em 2022, trabalhamos na estruturação e na governança do fundo, visando sua independência e ficamos muito felizes com a autorização da CVM. Esperamos que o time L4 Venture Builder consiga cada vez mais evoluir de maneira ágil e independente daqui para frente”, explica Milena Fório, superintendente jurídico da B3, envolvido na estruturação do fundo.

A intenção é que o L4 invista em Venture Building ao longo dos próximos cinco anos. Alguns dos setores com potencial de investimentos são os mercados de energia, carbono, finanças descentralizadas, tokenização de ativos, soluções para fintechs, neobanks, crowdfunding e pagamentos, entre outros.

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