Repórter do Future of Money
Publicado em 8 de outubro de 2024 às 11h50.
Na última semana, o bitcoin e as principais criptomoedas despencaram após um ataque de mísseis do Irã contra Israel. Os conflitos frustraram muitas expectativas de investidores por um outubro positivo após o “melhor setembro da história”. Ainda que já sinalize recuperação, o setor de criptomoedas segue repleto de incerteza com expectativas de uma escalada de tensões no Oriente Médio.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 62.821, com queda de aproximadamente 1,2% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, a alta é singela, de 0,2%.
Com especialistas em relações internacionais considerando que uma escalada nos conflitos entre Israel e Irã é “inevitável”, o investidor de ativos de risco como as criptomoedas precisa ter um novo foco em sua estratégia de investimento, de acordo com Lucas Josa, especialista em criptoativos do BTG Pactual.
“Quando a gente olha para a indústria como um todo, ainda mais nesse momento de incerteza, o principal recado é: quer comprar alguma coisa, foque em DCA e em ativos muito fortes. Tome cuidado para não se expor muito à altcoins que ainda não temos tanta certeza, principalmente caso alguma coisa escale em relação aos conflitos entre Irã e Israel. Não se alavanquem nesse momento, pode ser bem perigoso”, disse ele no Morning Call Crypto, programa transmitido ao vivo no YouTube na manhã desta terça-feira, 8.
DCA, uma sigla para o termo em inglês “Dollar-Cost Averaging”, é uma estratégia de longo prazo muito conhecida entre investidores de criptomoedas. Ao adotar essa estratégia, o investidor se compromete a fazer aportes recorrentes em determinada criptomoeda, sem se preocupar com a cotação atual ou o melhor momento de entrada. Dessa forma, é possível reduzir o preço médio pago pela criptomoeda e maximizar lucros no longo prazo.
Além do DCA, existem outras estratégias que podem ajudar o investidor que não tem interesse em fazer day trade a lucrar com criptomoedas. O Future of Money disponibilizou um e-book gratuito explicando cada uma delas.
Apesar dos conflitos geopolíticos recentes apresentarem um impacto negativo na cotação do bitcoin e das principais criptomoedas, especialistas ainda acreditam na resiliência do setor contra eventos adversos e apontam para outros fatores que podem ser positivos para as criptomoedas.
“Tivemos um fluxo grande de entradas nos ETFs de bitcoin, o que mostra que o mercado está bem sensível na perspectiva de que alguma coisa melhorou no cenário macro, mostra que o institucional tem bastante interesse por esses ativos. Ainda não começamos a ver uma demanda mais forte por esses ETFs, ainda tem um novo ciclo e um fluxo que deve vir muito mais forte com o corte na taxa de juros dos EUA”, disse Lucas Josa.
“Os players institucionais estão olhando para isso, temos alguns players que possuem montantes muito grandes investidos em ETFs de ouro e agora estão diversificando essa posição comprando bitcoin, o que eu acho muito positivo para a indústria como um todo. Agora que tivemos o corte na taxa de juros, vamos começar a ver esse dinheiro entrando não apenas através dos ETFs e produtos convencionais, muito provavelmente veremos novas coisas entrando, seja através de fundo de venture capital ou até mesmo posição direta no mercado, principalmente com a regulação avançando nos EUA”, acrescentou.
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