Repórter do Future of Money
Publicado em 4 de fevereiro de 2025 às 16h47.
A partir do dia 3 de março, as provas de certificação da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) terão mudanças em seu conteúdo. E, agora, os interessados precisarão também ter conhecimentos sobre a criptoeconomia, incluindo temas como criptomoedas, DeFi e NFTs.
As mudanças foram anunciadas pela Anbima no segundo semestre de 2024, com mais detalhes divulgados recentemente. Uma das principais novidades é a criação das certificações C-Pro I e C-Pro R, que exigirão a obtenção prévia da CPA (Certificado Profissional Anbima). Além delas, também há a CEA (Certificação Anbima de Especialistas em Investimento).
Segundo a associação, as novas certificações "focam nas atividades desempenhadas pelos profissionais de distribuição de produtos de investimento. Não haverá equivalência direta, mas uma reformulação completa para atender às exigências do mercado". Por causa disso, os conhecimentos exigidos para quem busca os certificados também mudaram.
A Anbima afirma que identificou "a necessidade de ampliação dos temas avaliados. Com o crescimento
do mercado de capitais, o surgimento de novos produtos financeiros e da criptoeconomia, as pessoas que trabalham na distribuição de produtos de investimentos precisam ao longo de suas carreiras de um olhar tanto para quem investe e suas características como para o mercado e seus diferentes produtos e segmentos".
Como apontado anteriormente pela associação, as novidades das exigências para quem vai prestar as provas abrange agora o setor cripto, que foi dividido em dois segmentos: Finanças Descentralizadas (DeFi) e Investimentos em Criptoativos. Somados, eles reúnem 12 tópicos de estudos.
O segmento de DeFi exige conhecimentos como "entender e explicar a diferença entre finanças tradicionais e finanças descentralizadas", "entender e explicar as vantagens das finanças descentralizadas", "entender e explicar o que são Smart Contracts e como são usados em DeFi" e "entender e explicar a técnica de tokenização".
Também são exigidos conhecimentos em NFTs (Tokens Não-Fungíveis), incluindo a "forma de registro e negociação" e também "entender e explicar as novas estruturas de mercado para negociações". Já a área de investimentos em criptoativos reúne tópicos mais focados nas criptomoedas.
Os candidatos precisarão "entender e explicar como os principais criptoativos são transacionados no mercado financeiro", "entender e explicar o parecer da orientação CVM 40, que trata da regulamentação e supervisão de
criptoativos no Brasil" e "entender e explicar ETFs de criptomoedas, suas principais características e forma de negociação em Bolsa de Valores".
Também será necessário que os candidatos consigam "entender e explicar sobre carteiras digitais e suas funcionalidades e níveis de segurança", "entender e explicar as principais formas de acesso a criptomoedas" e "entender e explicar os principais riscos envolvidos nos investimentos em criptoativos".