(Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 29 de março de 2023 às 17h00.
Última atualização em 29 de março de 2023 às 17h16.
A semana é de tentativa de retomada para o mercado cripto, após ter sido atingido pelo anúncio de que a CFTC (Comissão de Negociação de Futuros de Commodities) está entrando com um processo contra a Binance e seu fundador “CZ” (Changpeng Zhao). Segundo a CFTC, a corretora pode ter violado as regras de negociação de derivativos. A notícia vem dentro de um contexto de recuperação do bitcoin, que ainda acumula altas de 17% desde o início de março.
A semana tem alta para o S&P500, mas o contexto ainda é lateral, com aumento da volatilidade por conta das decisões de taxa de juros nos EUA, em que o Fed optou por elevar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual. O S&P 500 voltou a trabalhar perto dos 4.000 pontos, enquanto o DXY tem queda de 0,38%, indicando enfraquecimento do dólar no mundo. O cenário de fuga do dólar abre espaço para o movimento de recuperação do bitcoin que acompanhamos nas últimas semanas.
O S&P500 tem lateralidade no curto prazo, com falha de rompimentos de topos e fundos em sequência. No gráfico diário, o preço segue trabalhando perto das médias móveis e com briga intensa entre compradores e vendedores. A tendência de médio prazo é de queda e pode voltar a ganhar força, caso o preço perca o fundo anterior em 3.825,00. As próximas resistências são 4.150,00 (dezembro de 2022) e 4.400,00 (agosto de 2022).
O bitcoin acumula mais de 21% de alta no mês de março. O movimento de recuperação foi forte o suficiente para provocar o rompimento do topo anterior em US$ 25 mil e acelerar o movimento de alta. A tendência de curto e médio prazo é de alta, com fundos mais altos que os anteriores. As médias móveis de 21 e 50 períodos indicam aumento da pressão compradora e devem oferecer suporte em caso de correções. A próxima resistência é o topo de maio de 2022 em US$ 32 mil.
A Ethereum também fez uma reversão de curto prazo de baixa para alta. Importante ressaltar que o bitcoin tem performado melhor que o ether nesse mês de março, sendo que o segundo costuma apresentar uma maior volatilidade. No gráfico diário, o ether tem tendência de alta no curto prazo em relação ao dólar, mas faz o teste de resistências importantes. A superação das máximas anteriores deve encontrar resistência em US$ 2.000 e US$ 3.000.
Os criptoativos seguem resilientes no cenário de aversão ao risco dos mercados globais e não tem sofrido com as últimas notícias sobre o aumento da pressão regulatória em cima da Binance. É importante lembrar que quaisquer novidades sobre o caso podem trazer um aumento de volatilidade e será um teste para o apetite do mercado. Os investidores em posições táticas devem ficar atentos aos seus stop gain, com o objetivo de proteger parte do movimento de alta.
*Lucas Costa é mestre em administração e economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuou como pesquisador acadêmico e professor nas temáticas de blockchain, criptomoedas e comportamento de consumo, sendo um dos fundadores do grupo de pesquisa Blockchain UFJF. Foi operador de câmbio em mesa proprietária com foco em análise técnica, e trader pessoa física em mercado futuro. Atualmente, é analista técnico CNPI do BTG Pactual digital, e apresenta a sala ao vivo de análises de maior audiência do Brasil.
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