(Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 27 de junho de 2023 às 17h42.
Última atualização em 27 de junho de 2023 às 17h48.
O bitcoin fechou sua terceira melhor semana no ano de 2023, com mais de 15% de alta. O principal criptoativo performou bem, enquanto os principais índices de ações sofreram correção e o dólar global (DXY) permaneceu lateralizado.
Na parte da agenda econômica, o mercado tem seus olhos voltados para os dados de atividade econômica dos Estados Unidos, com a nova leitura do PIB em 28 de junho, com expectativa de revisão altista de 1,3% t/t pata 1,4% t/t anualizado. O principal indicador da semana é o PCE no dia 29 de junho, que fornece dados importantes sobre consumo e renda, além de ser a principal proxy de inflação acompanhada pelo Fed.
Os estudos técnicos do S&P 500, DXY, Bitcoin e Ethereum são apresentados nos próximos parágrafos.
O S&P 500 tem tendência de alta no curto prazo, mas iniciou um movimento de correção. O gráfico diário tem cruzamento de alta das médias móveis de 21 e 50 períodos, confirmando a tendência de curto prazo. O preço testou a resistência em 4,48 mil (agosto de 2022) e falhou em dar continuidade, trazendo aumento da pressão vendedora.
O movimento dominante é de alta, mas o price action recente mostra que podemos ter correções mais profundas, uma vez que o preço formou uma sequência de máximas e mínimas mais baixas que as anteriores. Os próximos suportes são as médias móveis de 50 dias em 4.275,0 e a média móvel de 200 dias em 4.089,0.
O dólar teve contração de volatilidade na última semana, após os compradores terem falhado em levar o preço até a média móvel de 200 dias. O gráfico diário mostra o preço lateralizado entre 101,300 (maio de 2023) e 105,770 (março de 2023), com a possibilidade dessas regiões atuarem como faixas de suportes e resistências relevantes.
O Índice de Força Relativa em 50 indica perda da aceleração da tendência. O movimento de alta do curto prazo perdeu força e temos indefinição de tendência. A nossa expectativa é de mercado lateralizado nas próximas semanas, com contração de volatilidade e falhas de rompimento de topos e fundos em sequência.
O bitcoin fechou a última semana com alta de aproximadamente 15,73%. O movimento de recuperação recente ocorreu após a rejeição de uma região técnica importante dos US$ 25 mil e quando olhamos pela perspectiva do gráfico semanal encontramos suporte na média móvel de 200 períodos.
O aumento da pressão compradora nesses níveis de preço foi forte o suficiente para provocar uma nova reversão de baixa para alta, com formação de máximas e mínimas mais altas em sequência. As médias móveis de 21 e 50 períodos fizeram um cruzamento de alta e devem atuar como suportes relevantes em tentativas de correção. As próximas resistências são os topos anteriores em US$ 32,5 mil (maio de 2022) e US$ 45 mil (abril de 2022).
O gráfico de 60 minutos permite observar os movimentos técnicos da última semana em maior detalhe. A tendência de curto prazo é de alta, mas o último final de semana deu início a uma lateralidade entre US$ 29,8 mil e US$ 31.275, que devem atuar como suportes e resistências relevantes.
A interrupção do movimento de alta é normal, uma vez que tivemos um grande deslocamento de preço em pouco tempo e o mercado deve começar a refletir parte das expectativas dos investidores do mercado tradicional para a próxima semana.
O ether, criptomoeda nativa da rede Ethereum, também teve um movimento de recuperação e se aproximou dos topos anteriores em US$ 2 mil. A tendência de curto prazo é de alta e os compradores provocaram uma reversão de baixa para alta perto da média móvel de 200 períodos em US$ 1.675. O rompimento do topo anterior em US$ 2 mil e seu rompimento pode levar ao teste das projeções de Fibonacci em US$ 2,85 mil (141,4%) e US$ 3.375 (161,8%).
*Lucas Costa é mestre em administração e economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuou como pesquisador acadêmico e professor nas temáticas de blockchain, criptomoedas e comportamento de consumo, sendo um dos fundadores do grupo de pesquisa Blockchain UFJF. Foi operador de câmbio em mesa proprietária com foco em análise técnica, e trader pessoa física em mercado futuro. Atualmente, é analista técnico CNPI do BTG Pactual digital, e apresenta a sala ao vivo de análises de maior audiência do Brasil.
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