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Airdrops: o que são e como funcionam as "distribuições gratuitas" de criptomoedas

Estratégia de atração de usuários para novos projetos tem sido cada vez mais adotada, mas exige contrapartidas para o recebimento dos ativos

Airdrops são distribuições gratuitas de criptomoedas (Reprodução/Reprodução)

Airdrops são distribuições gratuitas de criptomoedas (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 20 de fevereiro de 2024 às 09h00.

É possível ganhar criptomoedas de graça? Essa pergunta já deve ter passado pela cabeça de alguém que se interessou em algum momento pelo mundo cripto. E, na verdade, isso não está distante da realidade, graças aos chamados airdrops. Apesar de serem antigos, esses eventos do mercado ganharam destaque nos últimos meses.

A estratégia tem chamado atenção principalmente após as distribuições de tokens como do ARB, da rede Arbitrum, em 2023. Dados da plataforma CoinGecko apontam que 2023 contou com 13 dos 50 maiores airdrops do mercado, somando mais de US$ 4,56 bilhões em criptomoedas que foram enviadas para usuários.

Depois que as criptomoedas são enviadas, os usuários podem fazer o que quiserem com o ativo, desde vendas até acúmulo esperando valorizações futuras. Ao mesmo tempo, é preciso entender o que são os airdrops para conseguir participar deles e, também, evitar golpes.

O que é um airdrop de cripto?

Os airdrops são distribuições gratuitas de criptomoedas e tokens para carteiras digitais que vão armazenar essas moedas digitais. O termo em inglês é uma combinação das palavras "air", que significa ar, e "drop", que significa queda. Ele se refere à distribuição de materiais por aviões, que ganharam esse nome por literalmente caírem do céu.

Na prática, os airdrops são uma estratégia de atração de usuários e projetos para redes blockchains. A ideia é estabelecer condições para o recebimento dos ativos que levem a uma atividade maior na rede. Em troca, há o envio das criptomoedas como uma recompensa pela fidelidade ao projeto.

João Galhardo, especialista na Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual, explica que "o objetivo deles pode variar, desde promover um protocolo até recompensar usuários leais de um determinado nicho, protocolo, blockchain, também com o objetivo de criar uma base de usuários mais ampla".

Como funcionam os airdrops?

Os airdrops funcionam a partir da seleção de um grupo de carteiras digitais e seus respectivos donos que vão receber uma quantia de criptomoedas de forma gratuita. Para isso, cada projeto define alguns critérios que vão determinar se a carteira tem direito, ou não, a receber os ativos.

Em geral, porém, os critérios só são revelados após a seleção pela rede, o que busca evitar que os usuários realizem apenas atividades específicas que atendam aos critérios de elegibilidade. Dependendo do grau de cumprimento, há o recebimento de um montante equivalente dos tokens.

Quais os tipos de airdrops?

Os airdrops de criptomoedas são divididos em quatro tipos: admissão geral, recompensa, para holders e exclusivos. O primeiro tipo é o que exige menos participação do usuário, em geral apenas um cadastro em uma plataforma. Já o segundo envolve o cumprimento de mais atividades para obter uma recompensa.

O terceiro tipo, focado nos chamados holders, exige que o investidor já tenha algumas unidades da criptomoeda em sua carteira, recebendo em troca uma quantidade gratuita. Já os exclusivos exigem um envolvimento ainda maior com o projeto, em geral sendo reservado a investidores iniciais, parceiros e membros mais antigos e ativos da comunidade de usuários.

Quanto custa um airdrop?

O airdrop é realizado de forma gratuita pelo projeto. de criptomoeda Na prática, porém, os usuários precisam atender aos requisitos para ser elegível para receber os ativos. Em muitos casos, os critérios envolvem um determinado número de transações na carteira, ou seja, é preciso ter um "investimento" mínimo para participar do processo.

Qual foi o primeiro airdrop com cripto?

O primeiro airdrop de criptomoedas ocorreu em 2014. O "pioneiro" do mercado foi a Auroracoin, que na época tinha sido idealizada como uma moeda digital nacional que seria usada na Islândia. No fim, a estratégia adotada pelo projeto acabou ganhando muito mais popularidade que a moeda em si, que está longe da lista das maiores do mercado.

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