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Aave: como o maior banco descentralizado pode transformar o mercado financeiro

Descubra o funcionamento, o potencial de crescimento e como utilizar a Aave, uma plataforma que desafia o sistema bancário tradicional com soluções financeiras descentralizadas e inovadoras

 (Aave/Divulgação/Divulgação)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 16 de novembro de 2024 às 11h00.

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Por Felipe Veloso*

Nos últimos anos, o mercado de finanças descentralizadas (DeFi) revolucionou o setor financeiro, e a Aave lidera como uma das principais plataformas de empréstimos e financiamentos cripto. Seu diferencial? Oferecer serviços semelhantes aos bancos, mas sem intermediários.

O que é a Aave e como funciona?

Aave, que significa “fantasma” em finlandês, oferece um sistema disruptivo que atua como um “banco digital”, onde usuários podem emprestar e tomar emprestado criptoativos de forma rápida e segura sem precisar da aprovação de um ‘gerente’ ou outro intermediário.

Outro destaque da Aave é seu sistema de garantia: em vez de checar o crédito, o usuário oferece criptomoedas, como bitcoin ou ether, como colateral. Esse modelo de overcollateralization protege ambas as partes e evita a necessidade de centralização.

Para utilizar os serviços, basta conectar sua carteira descentralizada, como a MetaMask, escolher a rede de preferência, como Ethereum, Avalanche ou Polygon, e selecionar a cripto que você gostaria de emprestar ou tomar emprestado. Simples assim!

Para usar a plataforma, basta conectar sua carteira, como a MetaMask, selecionar a rede e escolher o ativo que deseja emprestar ou tomar emprestado. Simples assim!
Além disso, o token AAVE oferece governança e permite que os usuários votem em mudanças e melhorias na plataforma. Neste momento, seu token está avaliado em US$ 163.

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Potencial de crescimento da Aave

Atualmente, o mercado de criptoativos conta com uma capitalização de aproximadamente US$ 2,5 trilhões, enquanto o ouro, por exemplo, é avaliado em torno de US$ 18 trilhões. Nos próximos anos, é bastante provável que o mercado cripto cresça em tamanho e importância, consolidando-se como um tipo de ativo relevante nos portfólios de grandes fundos, governos e investidores tradicionais. Especificamente o bitcoin, por sua vez, é cada vez mais visto como uma versão digital do ouro — ainda mais escassa, de fácil armazenamento (dispensando cofres ou serviços de segurança física) e de transferência simplificada.

Com a aprovação dos ETFs de bitcoin em 2023 e a eleição do presidente Trump, cujo discurso é favorável às criptomoedas, vislumbrar um mercado de ativos digitais que se aproxime do tamanho do mercado de ouro já não soa exagerado. Um mercado cripto alcançando US$ 9 trilhões não parece uma hipótese absurda, especialmente com a adoção crescente por parte de empresas e investidores individuais, que hoje ainda se concentra em early adopters.

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Dentro desse cenário, protocolos de destaque como o Aave, um dos principais projetos DeFi, especificamente de empréstimo de cripto de pessoa para pessoa, têm potencial para acompanhar esse crescimento e até mesmo triplicar seu valor de mercado atual. Isso poderia elevar o preço do token AAVE para perto de sua máxima histórica, por volta de US$ 600 no ciclo de alta de 2021. Isso faria o token ter uma alta de mais de 200% (esse ano mesmo já dobrou de valor saindo de US$ 81 para US$ 184).

Em comparação, o índice S&P 500, que reflete o desempenho das 500 maiores empresas dos Estados Unidos, registrou uma valorização média de apenas 10% nos últimos três anos, destacando o potencial de retorno significativamente maior que o AAVE e outros ativos cripto podem oferecer.

Aave x bancos tradicionais

De acordo com dados do DefiLama, a Aave possui mais de US$ 25 bilhões em depósitos, o que é extremamente relevante para o setor DeFi.
Comparada aos gigantes financeiros tradicionais, a Aave ainda está distante. Por exemplo, o Bank of America possui mais de US$ 2,55 trilhões em depósitos, enquanto o JP Morgan detém cerca de US$ 3,5 trilhões, segundo dados do Fed. Mas, na verdade, isso é uma grande oportunidade!

O grande diferencial da Aave está em sua capacidade de oferecer serviços globais com acesso instantâneo e sem burocracia, algo ainda fora do alcance da maioria dos bancos. Se atingir uma escala comparável às grandes instituições, o impacto sobre o mercado de DeFi e a valorização do token poderiam ser massivos!

Como aumentar seu potencial de ganhos?

Uma estratégia comum entre investidores é utilizar criptomoedas como BTC ou ETH como garantia para pegar dólares emprestados (stablecoins) e reinvestir esse valor. Essa técnica permite comprar mais criptoativos sem precisar aumentar o investimento inicial em dinheiro. Se o valor das criptos adquiridas se valorizar, o lucro obtido pode ser usado para quitar o empréstimo e ainda gerar ganhos.

Aqui vai a dica de mestre: deposite os ativos adquiridos de volta na Aave. Dessa forma, você fortalece sua posição, e, mesmo em momentos de queda do mercado, a segurança da operação aumenta, permitindo que você acumule mais criptoativos ao longo do tempo, sem ter que desembolsar valores adicionais do seu bolso.

Visão de futuro: além do empréstimo colateralizado

Vamos imaginar o que a Aave poderia trazer para o mercado nos próximos anos. Que tal uma linha de crédito baseada no histórico da sua carteira cripto, sem precisar de colateral? Isso seria um marco incrível: a Aave poderia oferecer algo como um empréstimo pessoal ou comercial, mas sem burocracia e completamente descentralizado.

Essa inovação abriria as portas para uma nova onda de inclusão financeira, permitindo que a Aave explorasse um mercado global de liquidez que ultrapassa US$ 30 trilhões. Produtos como esses não apenas ampliariam o alcance do DeFi, mas também redefiniriam como o crédito é acessado e concedido em escala global.

Nem tudo são flores! Vamos falar dos riscos envolvidos ao utilizar a Aave:

Como em todo projeto de criptomoedas, os riscos são inevitáveis. O primeiro é o risco de protocolo, ou seja, possíveis vulnerabilidades no código que poderiam ser exploradas por hackers, comprometendo os fundos do projeto e dos usuários. Embora a Aave não tenha enfrentado esse tipo de problema até hoje, é importante estar atento a essa possibilidade.

Outro risco é a volatilidade dos ativos usados como colateral. Se o valor do colateral cair muito, a Aave pode liquidar sua posição automaticamente, cobrindo o valor emprestado e deixando o usuário sem os criptoativos de garantia. Por isso, é fundamental monitorar os tokens que você depositou ao pegar o empréstimo.

Dica de mestre: adicione mais colateral ou pague parte do empréstimo para evitar a liquidação e manter a saúde da sua posição na plataforma.

*Felipe Veloso é criador do canal O CriptoMestre, da escola Criptomestres e da 4P Finance, empresa de pagamentos em criptomoedas. Mestre em Matemática e Economia, Veloso já trabalhou como analista quantitativo no Bank of America, em Nova York.

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