(Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 22 de fevereiro de 2025 às 10h05.
O investimento em criptomoedas está deixando de ser um assunto de aventureiros para se tornar uma realidade consolidada e consistente. De acordo com novos estudos, esse mercado tem atraído um número crescente de investidores de varejo, especialmente homens jovens, instruídos e ativos nas redes sociais. Mas o que essa mudança significa para o futuro das finanças e do mercado tradicional?
Um dos dados mais impactantes das pesquisas recentes é o crescimento da participação dos investidores individuais. Nos EUA, 68% dos entrevistados já possuem criptoativos, e a maioria planeja aumentar suas participações este ano.
Esse movimento também reflete uma alteração no comportamento financeiro, com alguns investidores migrando recursos do mercado tradicional (TradFi) para ativos digitais. O exemplo mais emblemático é a venda de ouro para compra de bitcoin, o que indica uma mudança na percepção de reserva de valor.
Outro fator que chama atenção é o impacto das redes sociais. Segundo a Universidade da Geórgia, quem utiliza plataformas como YouTube, Reddit e Twitter têm maior propensão a investir em criptoativos. Esse dado reforça a influência digital na forma como as informações financeiras são disseminadas e absorvidas. Enquanto apenas 10% dos não usuários de redes sociais investem em cripto, essa proporção é significativamente maior entre os que consomem conteúdo financeiro online.
Além disso, a análise demográfica mostra que mais de 60% dos investidores em cripto têm entre 25 e 44 anos, e quase metade possui um diploma de graduação. Isso desmistifica a ideia de que o setor é dominado por amadores ou especuladores desinformados. Pelo contrário, o perfil do investidor cripto está cada vez mais alinhado ao de investidores tradicionais bem instruídos.
O mercado financeiro convencional também precisa estar atento às mudanças geracionais. Um estudo da Bitget Research revelou que um em cada cinco jovens das gerações Z e Alpha considera receber sua aposentadoria em criptomoedas. Alguns fundos de pensão já estão incluindo criptoativos em seus portfólios, demonstrando uma adaptação progressiva à nova realidade financeira.
Diante desse cenário, o mercado tradicional deve encarar as criptomoedas não como uma ameaça, mas como uma evolução inevitável. A crescente adoção de ativos digitais sugere que, em vez de resistir, é hora de integrar essa inovação ao ecossistema financeiro e assim se adequar à nova realidade que vem moldando o futuro das finanças.
*Luis Ayala é diretor Latam da BitGo.
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