64% dos investidores em criptomoedas procuram aumentar seus investimentos (Yuriko Nakao/Getty Images)
Cointelegraph Brasil
Publicado em 2 de maio de 2022 às 10h30.
Última atualização em 2 de maio de 2022 às 13h25.
A exchange global de criptomoedas KuCoin lançou uma pesquisa chamada: Into The Cryptoverse Report, focada na adoção das criptomoedas e tecnologias descentralizadas em todo o mercado brasileiro.
O relatório destaca que a inflação no país, que dobrou no ano passado para 10% ao ano, contribuiu em grande parte para a transição dos usuários locais para as criptomoedas como reserva de valor e meio de pagamento.
A pesquisa realizada pela exchange destaca que a forte camada de 34 milhões da população de adultos desbancarizados ou não bancarizados no país é em grande parte representada por jovens, que vivem em áreas rurais ou que recebem baixos salários. O fator dado é considerado a principal força motriz da adoção de criptomoedas.
A pesquisa da KuCoin revela que 34,5 milhões de brasileiros, o que representa 26% da população de 18 a 60 anos, são investidores ativos em criptomoedas que operaram com moedas digitais nos últimos seis meses.
"O Brasil é o país com as maiores taxas de adoção de criptomoedas que cresceram exponencialmente no ano passado. É um exemplo brilhante de um estado em desenvolvimento com uma grande parcela de uma população não bancarizada e altos níveis de inflação, onde os ativos digitais se espalham rapidamente", destacou ao Cointelegraph o CEO da KuCoin, Johnny Lyu.
Já em outro dado, 64% dos investidores em criptomoedas procuram aumentar seus investimentos, enquanto outros 21% são considerados cripto-curiosos. Os números sobre os ganhos com criptomoedas entre os brasileiros indicam que 52% dos investidores estão ganhando mais de US$ 10.000 anualmente.
A inflação crescente no país forçou 62% dos investidores brasileiros em criptomoedas a considerar as criptomoedas como o “futuro das finanças”, enquanto 53% consideram as criptomoedas como uma maneira confiável de armazenar o valor de seus ativos.
Outros 50%, de acordo com a pesquisa, esperam um alto retorno dos investimentos em criptomoedas no longo prazo, 40% pretendem usar o lucro para melhorar as condições de vida das famílias e 36% contam com o lucro como fonte de renda além dos salários.
De acordo com a pesquisa, os investidores brasileiros em criptomoedas também estão tentando diversificar seus portfólios, alocando uma média de 40% dos investimentos em criptomoedas. Além disso, 1 em cada 6 investidores brasileiros em criptomoedas aloca mais de 90% de seu portfólio de investimentos em criptoativos.
A pesquisa também revelou que a esmagadora maioria dos investidores brasileiros em criptomoedas espera mais de 20% de rendimento de seus investimentos em criptomoedas. A atividade dos investidores em criptomoedas é alta, pois 75% dos investidores em criptomoedas trocam moedas fiduciárias por criptomoedas pelo menos uma vez por mês.
Já 58% dos investidores em criptomoedas usam sistemas de transferência bancária online como Pix e 57% usam carteiras digitais como Apple Pay ou PayPal para concluir esse processo.
Uma média de 39% dos investidores brasileiros em criptomoedas são prudentes, investindo em economias de criptomoedas, enquanto 17% investem em staking mensalmente. 46% dos usuários brasileiros de criptomoedas afirmaram durante a pesquisa que os produtos que oferecem renda passiva os atraem para comprar criptomoedas em primeiro lugar.
Outros 46% dos cripto-curiosos estão procurando maneiras de gerenciar melhor os riscos de seu portfólio, enquanto 39% ainda estão procurando os produtos mais adequados, 33% estão incertos sobre os sinais do mercado e 27% afirmam que não entendem como as criptomoedas funcionam.
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