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5 países possuem mais de R$ 175 bilhões em bitcoin; descubra quais são

Relatório aponta que governos de países conseguiram reunir bilhões em unidades da criptomoeda após operações policiais

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 27 de setembro de 2024 às 16h24.

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Um grupo de cinco países somou, ao longo dos últimos anos, um total de US$ 32,67 bilhõe em unidades de bitcoin, cerca de R$ 177,55 bilhões, na cotação atual. O montante equivale a 2,2% de toda a oferta da criptomoeda e, agora, gera temores entre investidores sobre possíveis impactos para o ativo.

O grupo foi identificado pela empresa de análises CoinGecko, que detalhou as estratégias e evolução do patrimônio de criptomoedas de cada país nos últimos anos. A empresa pontua que, em geral, os ativos foram adquiridos principalmente por apreensões em operações policiais.

Os Estados Unidos lideram a lista, sendo responsáveis por quase metade de todas as reservas de bitcoin dos países. Sozinho, o governo norte-americano possui 213 mil unidades da criptomoeda, que equivalem a cerca de US$ 14,82 bilhões, considerando a atual cotação do ativo.

Segundo o CoinGecko, quase todas as unidades em posse do país vieram de apreensões dos envolvidos no caso do Silk Road, um site clandestino de vendas na internet que foi derrubado pelos Estados Unidos. E apreensões também estão por trás do segundo colocado no grupo.

Com 190 mil unidades de bitcoin, cerca de US$ 13,2 bilhões, a China ocupa a segunda posição. O país obteve as unidades de criptomoedas principalmente ao desmantelar um esquema de pirâmide financeira sediado no país e que operava por trás da empresa PlusToken.

A terceira posição é do Reino Unido, que possui US$ 4,24 bilhões em unidades da moeda digital, cerca de 61 mil unidades. Nesse caso, os ativos foram adquiridos principalmente de apreensões em esquemas de lavagem de dinheiro com criptomoedas.

Já a quarta posição é de El Salvador, que acabou adotando uma estratégia diferente. O país, que possui 5,8 mil unidades de bitcoin, cerca de US$ 403 milhões, transformou o ativo em moeda legal no seu território e, desde então, adquire 1 unidade de bitcoin por dia para compor uma reserva no ativo.

A Ucrânia, que está na quinta posição, também teve uma jornada diferente com criptomoedas. O país acumula US$ 12,94 milhões no ativo, cerca de 186 unidades, que são provenientes de doações que o governo ucraniano recebeu desde o início da guerra com a Rússia, em 2022.

Outros países com bitcoin

O levantamento exclui ainda o Butão, um pequeno país da Ásia que, segundo levantamentos, possui cerca de US$ 700 milhões em bitcoin provenientes de operações de mineração no país. Nesse caso, porém, as unidades pertencem à empresa que administra os investimentos do país, e não ao governo em si.

Até recentemente, outro país também fazia parte do grupo: a Alemanha. O governo alemão chegou a ter US$ 3,02 bilhões na criptomoeda provenientes de apreensões em operações policiais contra pirataria online. Mas, em julho, as autoridades venderam todas as unidades, obtendo um lucro bilionário.

O movimento, porém, acendeu um alerta no mercado. O CoinGecko aponta que, desde então, investidores estão ainda mais atentos a possíveis vendas por outros países, temendo que essas vendas resultem em novos choques de oferta e quedas no preço do bitcoin. Até o momento, porém, esses medos não se concretizaram.

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