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5 erros que estão te impedindo de lucrar com cripto: descubra se você está fazendo isso

Mercados de baixa são períodos especialmente desafiadores para investidores, que acabam perdendo a oportunidade de acumular ativos e lucrar no ciclo de alta. Entenda os 5 principais erros cometidos

 (Reprodução/Reprodução)

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FP
Felippe Percigo

Especialista em criptoativos

Publicado em 23 de setembro de 2023 às 10h45.

Sei que boa parte das pessoas ainda entra no mercado cripto atraída pela ideia de ficar milionária rápido. Uma mentalidade simplista, para dizer o mínimo, e que desconsidera totalmente o processo do investimento para focar no resultado.

Em geral, quem pensa assim não tem conhecimento e muito menos estratégia para atingir a meta do milhão. Pior ainda, em muitos casos, age de forma descuidada e comete graves erros ao tentar investir.

Resultado? Além de não alcançar o seu objetivo, fica ainda mais longe dele, já que acaba por perder inclusive o dinheiro de entrada.

Existem sinais atualmente de que o mercado pode ensaiar uma virada em breve, mas o fato é que ainda estamos em meio a um ciclo de baixa e, durante esse período, os investidores fazem muitas trapalhadas. Perdem a chance de se preparar adequadamente para a temporada quente.

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Será que você pertence a esse grupo? Vamos tirar a prova! Acompanhe comigo a seguir os 5 principais erros dos investidores no bear market:

1. Pensar que toda cripto com preço baixo é uma pechincha

Só porque uma criptomoeda custa alguns centavos de dólar, o investidor desavisado acha que está diante de uma oportunidade imperdível.

Não é assim que funciona. Um ativo digital precisa estar relacionado a uma tecnologia de valor real e bem aceita pelo público para resistir ao tempo. Vamos citar o caso do ether, a cripto nativa da rede Ethereum. Ela serve a uma infinidade de casos de uso e, por isso, a tendência é que se mantenha relevante no longo prazo e não simplesmente desapareça, como acontece com boa parte das criptomoedas lançadas no mercado. Tudo bem, o ether não custa centavos, mas podemos tê-lo como referência de valor.

Peguemos agora MATIC, a cripto nativa da Polygon. No momento em que escrevo, o preço de uma unidade está pouco mais de US$ 0,5. A Polygon é um projeto considerado pelos especialistas de grande potencial, por conta do desenvolvimento e da inovação constantes de seu ecossistema. Está aí um ativo que custa centavos e carrega valor.

Agora, se a criptomoeda que te interessa é só um meme ou não tem nenhum fundamento que garanta a sua relevância no futuro, você pode estar olhando para o clássico “barato que sai caro”.

Os investidores precisam analisar o preço do ativo em um contexto ainda mais amplo, como se informar sobre o total de criptomoedas em circulação, sua capitalização de mercado, a dinâmica futura do suprimento de tokens e a capacidade geral do ativo de adicionar valor prático ao mundo real. Quer entender com mais profundidade como analisar uma criptomoeda? Eu fiz uma coluna sobre isso!

2. Vender tudo quando o preço despenca

Pânico é a palavra que define o humor do investidor que sai vendendo tudo quando ocorrem desvalorizações bruscas e/ou profundas.

É normal em um ciclo de baixa vermos o preço dos ativos caírem 80%, 90%. Este é o momento em que ressurgem as velhas (e cansativas) narrativas de que o bitcoin morreu e o mercado cripto vai acabar.

Na contramão, quem conhece o mercado vê oportunidade na crise. Um período de preços descontados são chances excelentes para acumular mais ativos, melhorar o preço médio de compra e, assim, aumentar as possibilidades de lucrar no longo prazo.

Ter conhecimento teórico e prático do mercado é fundamental para aqueles que buscam sucesso nos investimentos, mas isso de nada vai valer se o investidor não souber controlar as suas emoções. Portanto, cultivar uma mente forte e resiliente não deve ser negligenciado de jeito nenhum.

3. Não apostar na diversificação

Essa é uma das práticas mais eficientes do mercado financeiro tradicional e na criptoesfera não é diferente. Quem aí ainda não ouviu a máxima "Nunca coloque todos os seus ovos em uma única cesta"?

Quando falamos de ativos digitais, falamos também de incertezas e de alta volatilidade, portanto diversificar é ainda mais urgente.

Quem detém ações de uma empresa, por exemplo, em caso de falência dela, geralmente ainda recebe algo de volta. Quem é proprietário de imóvel, caso role uma crise no setor, ainda tem um lugar para morar.

Já quem investe em criptomoedas, no caso de o projeto colapsar, não tem garantia de retorno de nada. O investidor na maioria das vezes fica no prejuízo. A diversificação pode ser feita em duas frentes.

Mesclar ativos digitais com investimentos tradicionais para montar um portfólio que equilibre o apetite ao risco do investidor com as suas expectativas de retorno.

É importante entender que as criptomoedas estão vinculadas a tecnologias e, portanto, investir em tecnologias diferentes pode proteger o investidor caso um setor não performe tão bem quanto os outros.

É como investir em empresas na bolsa: você não compra ações só de companhias de energia ou só de varejo. O investidor diversifica entre os setores para mitigar o seu risco e potencializar os ganhos.

O mercado de baixa é um excelente momento para comprar ativos e diversificar a carteira. As criptos descontadas podem gerar bons retornos quando a temporada quente voltar.

4. Ceder ao FOMO

FOMO são as iniciais de “Fear of Missing Out”. Em português, a gente traduz como "medo de ficar de fora".
Se existe um truque mental devastador no mundo cripto é o FOMO.

Ele acontece no mercado de baixa quando o investidor vê todo mundo assustado vendendo os ativos por causa das quedas persistentes, como falamos no tópico 1.

Mas também pode acontecer ao surgirem projetos que vão temporariamente na contramão do ciclo e se valorizam. Como se trata de um período em que, em geral, as pessoas ficam desanimadas e ansiosas pela volta dos ralis, quando surge uma aparente oportunidade, o investidor desavisado nem pensa duas vezes, vai com tudo. É aí que mora o perigo. Lembre-se de que a euforia e o desespero conduzem a más decisões.

Hoje, são construídas muitas narrativas mirabolantes nas redes sociais e é comum vermos analistas na imprensa dizendo para comprar tal ativo porque “é lua”, que é a nova aposta do mercado, o novo queridinho de dez entre dez especialistas, etc.

Muito cuidado com o que as pessoas com influência na internet estão propagandeando como promissor. Sempre desconfie de que podem existir intenções comerciais por trás.

Esse marketing todo geralmente surte efeito e o preço de um ativo pode acabar subindo. Isso porque ninguém quer ficar de fora com tantas promessas magníficas em torno dele. Quando algo soar bom demais para ser verdade, é porque não é verdade mesmo.

Esquemas de pirâmides, vira e mexe, aparecem nos noticiários. Muitos deles usam o respaldo de personalidades para ganhar a confiança do público. Outros golpes como o Rug Pull também se beneficiam da popularidade para inflar o preço de uma moeda. No caso específico da puxada de tapete, quando o preço está lá em cima, os organizadores do esquema vendem todas as criptos que têm para embolsar o lucro e deixam os investidores com uma moeda sem valor nas mãos.

Outro ponto de atenção: ter tido uma performance fantástica no passado não significa necessariamente que uma moeda manterá essa tendência no futuro. Não se apegue.

No mundo cripto, existe um acrônimo bastante popular, o DYOR (Do Your Own Research), que traduzido para o português fica “faça a sua própria pesquisa”. Uma prática que vai te custar um tempo, mas sem dúvida será devidamente recompensada quando você começar a se aprofundar e passar a acertar mais do que errar.

5. Deixar as criptos paradas

Se você conseguiu resistir a vender as suas criptomoedas quando sua carteira despencou 80%, parabéns, passou no teste de ferro. Mas o que os seus ativos estão fazendo por você enquanto você os segura? Nada? Então, está deixando de fazer dinheiro.

Coloque as suas criptos para trabalhar para você. Uma opção é buscar programas de staking, mas se informe bastante antes de aderir. Verifique, por exemplo, se vai precisar deixar os ativos bloqueados ou não e se certifique de que o projeto ou exchange onde pretende deixá-los é confiável.

Você também pode emprestar as suas criptomoedas e faturar com taxas, entre vários outros recursos que já existem hoje no mercado para multiplicar as suas moedas. Antes, tire um tempo para estudar as opções, suas vantagens e, claro, os riscos, pois eles sempre existem.

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