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3 fatores podem limitar alta do bitcoin a US$ 90 mil, alerta análise

Empresa do mercado cripto aponta que criptomoeda deverá ter dificuldade para atingir um preço acima dos US$ 90 mil

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 22 de abril de 2025 às 10h49.

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O bitcoin rompeu a resistência de preço na zona de consolidação entre US$ 75 mil e US$ 85 mil em 21 de abril, atingindo máximas acima de US$ 88 mil que não eram registradas desde março. No entanto, três fatores podem impedir a manutenção dessa alta no curto prazo e a transformação da resistência de US$ 90 mil em suporte, alerta a Ecoinometrics.

A empresa de análises do mercado cripto destaca que, para a criptomoeda ter uma alta maior, é preciso que os ETFs do ativo voltem a registrar um saldo líquido significativamente positivo nos próximos dias, uma vez que o saldo de saques e depósitos nos últimos 30 dias está próximo de zero.

“Os fluxos dos ETFs não estão sinalizando o retorno da demanda", diz a empresa. “Desde o final de março, temos visto longas sequências de saques, interrompidas apenas por alguns dias isolados de entradas". A Ecoinometrics destaca que é necessário um saldo líquido positivo de no mínimo 30 mil bitcoins por mês nos ETFs para que haja valorização no preço.

“Não estamos nem perto desse tipo de dinâmica no momento, portanto, a alta de curto prazo continua limitada", afirma a análise.

A sensibilidade do preço da criptomoeda às condições financeiras nos Estados Unidos também pode inviabilizar um retorno a patamares de preço superiores no curto prazo, segundo a Ecoinometrics.

A análise aponta que o Índice Nacional de Condições Financeiras, que mede a liquidez disponível nos mercados de crédito, financiamento e alavancagem, disparou no início de 2025, após um período de queda em 2023 e 2024. Mesmo sem cortes efetivos nas taxas de juros ou expansão do balanço patrimonial do Federal Reserve, o preço do bitcoin valorizou quase cinco vezes nesse período.

“Essa tendência de flexibilização nos mercados monetários dos EUA, entretanto, se encerrou em fevereiro”, afirma a Ecoinometrics. Com as condições financeiras se tornando mais rígidas novamente, o preço do bitcoin poderá continuar estagnado, ou até mesmo reverter e retomar uma queda.

Além disso, o presidente e os diretores do Federal Reserve vêm compartilhando declarações constantes em defesa de sua política monetária restritiva, sob a justificativa de que as condições macroeconômicas não favorecem cortes nas taxas de juros no momento.

A divulgação recente da ata da reunião de março do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) reforça este viés, segundo o Índice de Comunicação do Fed, uma métrica quantitativa ajustada que a Ecoinometrics utiliza para medir o tom dos comunicados oficiais da autoridade monetária dos Estados Unidos.

Este índice é particularmente relevante, pois antecipa as expectativas do mercado, uma vez que eventuais mudanças na política monetária do Fed normalmente são anunciadas com bastante antecedência.

“Em março, o Índice de Comunicação do Fed mais uma vez apresentou um tom restritivo", afirma a empresa. “Isso não é surpreendente, mas o ponto principal é que o índice apresenta essencialmente o mesmo nível de inflexibilidade que testemunhamos em janeiro e dezembro".

Atualmente, o índice reflete as incertezas no cenário macroeconômico nos EUA, segundo a Ecoinometrics, em um período caracterizado por inflação elevada, mercado de trabalho estacionário e consumo estável, com a pressão adicional e imprevisível da guerra comercial do presidente Donald Trump.

“Com a inflação ainda sendo a principal preocupação do Fed, não há razão para esperar uma mudança de tom, a menos que vejamos um movimento sustentado no índice de inflação. No mínimo, a escalada das tensões comerciais (principalmente os riscos tarifários) pode levar a retórica ainda mais para a direção restritiva", avalia.

A confirmação desse cenário não seria favorável ao bitcoin e aos demais ativos de risco, conclui a empresa.

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