Tarpon sai de 32% para 19% da Serena Energia após oferta de ações
Follow-on para dar saída a veículo da gestora que estava próximo ao vencimento saiu a R$ 9 por ação, movimentou R$ 775 milhões e vai aumentar liquidez dos papéis
Natalia Viri
Editora do EXAME IN
Publicado em 28 de março de 2024 às 17:32.
Última atualização em 28 de março de 2024 às 18:01.
A Tarpon ficou com uma participação de 19% na Serena Energia (antiga Omega) após um follow-on concluído ontem. A operação deve aumentar significativamente a liquidez da companhia, reduzida desde a entrada da gestora de private equity no capital em 2022.
A oferta, que movimentou R$ 775 milhões, deu saída a um veículo da Tarpon que estava próxima do vencimento e tinha cerca de 14% do capital.
Num sinal de confiança no negócio, a gestora de Zeca Magalhães – uma das fundadoras e principais acionistas da geradora de energia renovável – acabou comprando uma fatia por meio de outro veículo.
Assim, sua a participação que cairia de 32% para 17,5% com a transação e acabou ficando em 19% ao fim do processo.
Com um book demandado, equivalente a cinco vezes a oferta, a ação da Serena saiu a R$ 9 na oferta, um prêmio de 7,1% em relação ao anúncio de intenção de oferta, realizado feito em 7 de março. Segundo fontes que participaram da operação, a demanda foi coberta já no primeiro dia de lançamento.
Em relação ao dia em que a oferta foi lançada oficialmente (19) e ao pregão imediatamente anterior à precificação, os descontos foram pequenos, de 3,1% e 4,3%, respectivamente. O papel da Serena ficou praticamente estável no pregão de hoje, a R$ 9,34.
O aumento da liquidez era um dos intuitos do follow-on. Cerca de 65% dos papéis ficaram com os dez maiores investidores. A maior parte (80%) ficou nas mãos de investidores locais e o restante de estrangeiros.
Esse foi o quarto follow-on da Serena desde a listagem das ações em 2017. A empresa vale R$ 5,82 bilhões na bolsa.
Após a oferta, a governança segue a mesma: a Tarpon segue signatária de um acordo de acionistas junto com os fundadores Antonio Bastos e Gustavo Mattos, que têm 12,5% do capital. Juntos, o bloco tem agora 31,5% das ações. A Actis virou a maior acionista individual, com 26,8%.
Saiba antes. Receba o Insight no seu email
Li e concordo com os Termos de Uso e Política de Privacidade
Natalia Viri
Editora do EXAME INJornalista com mais de 15 anos de experiência na cobertura de negócios e finanças. Passou pelas redações de Valor, Veja e Brazil Journal e foi cofundadora do Reset, um portal dedicado a ESG e à nova economia.