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Ozempic

Ozempic pode ajudar no tratamento de vícios e de esquizofrenia, indica estudo

Pesquisadores identificaram que o medicamento pode trazer outros benefícios para além do controle do diabetes e da obesidade

Ozempic (Steve Christo - Corbis/Corbis/Getty Images)
Ozempic (Steve Christo - Corbis/Corbis/Getty Images)
Carolina Ingizza

Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 07:04.

Última atualização em 21 de janeiro de 2025 às 07:39.

Um estudo publicado na revista científica Nature Medicine na última segunda-feira, 20, indica que drogas como Ozempic, Mounjaro e Wegovy podem ter benefícios para além do uso conhecido no tratamento de diabetes e obesidade.

Os efeitos positivos listados vão desde o controle de vícios até o tratamento de doenças como a esquizofrenia.

Ao longo de cinco anos, a pesquisa acompanhou veteranos dos Estados Unidos que tomavam medicamentos à base de semaglutida.

A partir dos dados coletados, os pesquisadores identificaram que Ozempic e similares têm efeitos positivos no controle da impulsividade, o que corrobora a evidência de que esse tipo de droga pode ajudar pacientes com alcoolismo e outras dependências, como vício em opioides e em cocaína.

Um dos autores do estudo, Ziyad Al-Aly, diretor do Centro de Epidemiologia Clínica do Sistema de Saúde dos Veteranos de St. Louis, disse em entrevista à Bloomberg que o tratamento da obesidade requer drogas que atuam na causa do problema: a compulsão alimentar. “Isso pode explicar por que os medicamentos à base de GLP-1 foram tão bem-sucedidos contra a obesidade, enquanto drogas anteriores que não eram voltadas para dependência falharam miseravelmente”, disse o autor.

A pesquisa destaca também os efeitos positivos da semaglutida no cérebro dos pacientes, o que pode indicar que a droga seria positiva no tratamento de doenças como esquizofrenia, Alzheimer e demência. O estudo também confirma evidências encontradas em pesquisas anteriores de que os GLP-1s podem ter efeitos antidepressivos e reduzir o risco de automutilação dos pacientes. 

Novos riscos para o uso do medicamento também foram relatados na pesquisa. Entre as desvantagens listadas, está um aumento na probabilidade de pancreatite aguda induzida por medicamentos, assim como pressão arterial baixa, desmaios, condições artríticas e cálculos renais.

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Carolina Ingizza

Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Repórter freelancer. Antes, trabalhou na revista EXAME, no jornal Financial Times e no site JOTA.

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