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NA SUA CESTA: As próximas fronteiras da Smart Fit

Depois de dominar o Brasil, dois terços da expansão já vêm da América Latina; empresa já testa a África — e começa a olhar com bons olhos para a Argentina, diz o COO Diogo Corona

Smart Fit: academia piloto no Marrocos é aposta de aumento de mercado endereçável (Leandro Fonseca/Exame)
Smart Fit: academia piloto no Marrocos é aposta de aumento de mercado endereçável (Leandro Fonseca/Exame)
Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 31 de janeiro de 2025 às 07:30.

Em todo canto há uma Smart Fit. A rede de academias do grupo de mesmo nome criada por Edgard Corona cresce em ritmo acelerado: abriu 305 novas unidades só em 2024, superando a própria previsão inicial de 280 a 300 academias.  

Para 2025, a expectativa é de 317 novas unidades – numa rara habilidade de equilibrar expansão e rentabilidade que a vem colocando como um dos poucos nomes de quase consenso entre os investidores locais em tempos mais sombrios para a Bolsa. 

Grande parte desse crescimento, porém, está vindo do exterior. Com mais de 1.700 academias espalhadas por 15 países, a Smart Fit tem consolidado sua posição como a maior rede de academias da América Latina.  

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Agora, a companhia volta os olhos para um dos poucos mercados onde ainda não é líder: a Argentina. "Temos olhado bem de perto o que está acontecendo por lá", afirma Diogo Corona, COO da Smart Fit.  

O cenário político e econômico do país tem atraído a atenção de investidores, e a rede avalia aumentar sua presença no mercado argentino. 

O grupo já está presente em mercados como México, Colômbia, Peru e Chile, além de sua forte atuação no Brasil. Cerca de dois terços da expansão da empresa ocorrem fora do país. "Isso é uma tendência. O endereçável fora do Brasil é enorme e temos um playbook de expansão muito bem estruturado", diz. 

Entre os movimentos mais recentes, a Smart Fit iniciou um projeto-piloto no Marrocos. A escolha do país africano levou em consideração fatores como estabilidade econômica e oportunidades de expansão dentro do mercado local.  

"Se der errado, o impacto é pequeno. Se der certo, abre um mercado enorme para nós", explica Corona. O primeiro centro foi inaugurado em Casablanca, e a empresa já tem cinco contratos assinados para novas unidades na região. 

Para Corona, a estratégia da Smart Fit passa por um crescimento criterioso, principalmente diante do atual cenário macroeconômico. "Com os juros no patamar que estão, em muitos casos pode ser melhor não fazer nada do que expandir sem planejamento", avalia.  

Segundo ele, a escolha dos pontos de expansão é decisiva para a sustentabilidade do negócio. "Ponto bom vai bem, ponto ruim vai mal. Varejo é isso. Quem fizer direito vai sobreviver", afirma. 

Ganhando força com estúdios e TotalPass 

Além da expansão geográfica, a Smart Fit também tem diversificado sua atuação. A aquisição da rede de estúdios Velocity fortaleceu a presença da empresa no segmento premium e ajudou a acelerar o modelo de franquias. 

"A Velocity trouxe um aprendizado enorme para o grupo, principalmente na gestão de comunidade e no modelo de expansão via franquias", diz o executivo.  

Hoje, 90% das unidades da Velocity operam no modelo franqueado, e a estratégia é expandir esse formato para outras marcas do grupo (além de Smart Fit e Velocity, tem Bio Ritmo e os estúdios, que incluem Vidya, One Pilates, Jab, Tonus Gym e Race Bootcamp). 

Outro pilar importante é o TotalPass, plataforma de benefícios corporativos que concorre diretamente com o Wellhub (ex-Gympass). Segundo Corona, o TotalPass tem crescido de forma acelerada, aproveitando a sinergia com as marcas do grupo.  

No Brasil, já representa entre 20% e 30% do mercado e, no México, onde a Smart Fit tem uma presença forte, é líder do segmento. 

“Queremos expandir com disciplina, mas também com ousadia. E isso vale tanto para geografia quanto para modelo de negócio", diz Corona. 

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Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Jornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado

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