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Latam capta US$ 1,4 bi em bonds na primeira emissão depois de sair de recuperação judicial

Companhia aérea prevê uma economia de US$ 83 milhões com juros menores na nova emissão de dívida e antecipação dos débitos com vencimento em 2027

Latam: companhia reperfila dívida e prevê custo menor (Latam/Reprodução)
Latam: companhia reperfila dívida e prevê custo menor (Latam/Reprodução)
Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 1 de outubro de 2024 às 19:53.

Última atualização em 2 de outubro de 2024 às 06:46.

A Latam está lançando uma oferta de títulos de dívida com garantia no mercado internacional no valor de US$ 1,4 bilhão, num movimento de melhora do perfil de dívida justamente quando as concorrentes tentam reorganizar a casa -- Azul renegocia as condições do acordo feito com credores ainda em 2023 e a Gol tenta sair do processo de Chapter 11, nos Estados Unidos.

A nova emissão tem vencimento em 2030 e saiu a uma taxa de juros anual de 7,875%, abaixo dos 8% previstos inicialmente. A transação teve demanda de mais de 5 vezes ao valor da oferta, proveniente de mais de 250 investidores globais, segundo a empresa.

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Essa é a primeira emissão de bonds desde que a companhia saiu do “Chapter 11”, em 2022. Os recursos devem reduzir o custo da dívida da companhia. A previsão da empresa é conseguir uma economia de US$ 83 milhões com o pagamento de juros menores.

Com os recursos obtidos desta emissão e com a utilização de US$200 milhões em caixa, o grupo fará o pré-pagamento do título de US$450 milhões com vencimento em 2027 com uma taxa de juros de 13,375%, além do pré-pagamento do empréstimo a prazo de US$1,08 bilhão com vencimento em 2027, com uma taxa de juros de SOFR + 9,50 pontos percentuais, equivalente a aproximadamente 15%. Tanto o título de dívida quanto o empréstimo a prazo foram parte do financiamento de saída do process de recuperação judicial nos EUA.

Os bancos Citi, Santander, J.P. Morgan e Deutsche Bank coordenam a operação, que deve ser liquidada no dia 15 de outubro.

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Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Jornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado

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