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Aviação

Embraer fecha maior contrato da história em aviação executiva; ações sobem 9%

Encomenda de US$ 7 bilhões da FlexJet é quase o dobro da atual carteira de pedidos de jatos executivos da fabricante, que somava US$ 4,4 bilhões em setembro

Decolando: Pedido da FlexJet inclui a nova geração do Phenom 300E (foto) (Flapper/Divulgação)
Decolando: Pedido da FlexJet inclui a nova geração do Phenom 300E (foto) (Flapper/Divulgação)
Natalia Viri

Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 11:48.

A Embraer surpreendeu o mercado nesta manhã ao anunciar que fechou uma encomenda de até US$ 7 bilhões com a Flexjet, no maior contrato da história da fabricante de aeronaves em aviação executiva. Em resposta, as ações sobem quase 9% desde o início do pregão.

O pedido anunciado hoje é de 182 aviões executivos, com a opção de mais e 30 unidades adicionais, num pacote que inclui ainda serviços e manutenção para os modelos Praetor 600, Praetor 500 e Phenom 300E.

Desde 2003, a FlexJets, líder global em aviação executiva, tinha recebido 150 jatos da Embraer.

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O contato praticamente triplica o backlog de jatos executivos da Embraer, que já estava em US$ 4,4 bilhões ao fim do terceiro trimestre, seu maior patamar histórico.

O movimento reforça o bom momento da aviação executiva e o posicionamento único da fabricante brasileira neste mercado, que deve continuar com a demanda bastante aquecida no curto e médio prazo, aponta o BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME).

Em relatório, o analista Lucas Marquiori aponta ainda, além do tamanho da encomenda, que o preço médio por aeronave foi bastante positivo. “Isso indica uma forte rentabilidade, e o posicionamento único da Embraer, oferecendo um portfólio integrado de aeronaves e serviços.”

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“O pedido é muito encorajador, na medida em que sinaliza um forte voto de confiança de um consumidor premium, em termos da qualidade do produto e a confiabilidade das suas operações”, ressaltou o Citi.

O contrato de hoje se soma a uma encomenda da NetJets, de US$  5 bilhões, feito em 2023. “O acordo também corrobora a expansão da capacidade da Embraer em Melbourne (Florida), na medida em que a NetJets e a FlexJet agora respondem por 400 pedidos de aeronaves, equivalentes a três ou quatro anos de produção”, diz o banco.

O movimento de hoje coroa um ano forte para as ações da Embraer, que já quase triplicaram de valor, em meio a fortes pedidos e momento de dificuldade de concorrentes, em especial a Boeing, que passa por uma forte crise após quedas e acidentes envolvendo seus principais modelos de aviação comercial.

Em um ano, as ações da fabricante de aeronaves negociadas na B3 sobem 176% e são negociadas a R$ 62,70.

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Natalia Viri

Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Jornalista com mais de 15 anos de experiência na cobertura de negócios e finanças. Passou pelas redações de Valor, Veja e Brazil Journal e foi cofundadora do Reset, um portal dedicado a ESG e à nova economia.

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