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Iguatemi

Em ano de reformulação de portfólio, Iguatemi bate recordes de vendas e ocupação

Lucro salta 17,5% no quarto tri; companhia deve reduzir participação em mais dois ativos

Iguatemi: vendas cresceram 18% em janeiro (Iguatemi/Divulgação)
Iguatemi: vendas cresceram 18% em janeiro (Iguatemi/Divulgação)
Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 20:15.

Última atualização em 18 de fevereiro de 2025 às 20:33.

Em 2024, o Iguatemi focou na gestão de seu portfólio.

Foi às compras com RioSul e, mais recentemente, com o anúncio da aquisição de fatias dos shoppings Pátio Paulista e Pátio Higienópolis. Também se desfez da participação no Iguatemi São Carlos e reduziu de 78% para 60% sua fatia no Iguatemi Alphaville.

Em meio ao trabalho de reformulação de seu portfólio registrou números fortes e recordes operacionais, que superaram as estimativas de mercado.

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No quarto trimestre, as vendas somaram R$ 7 bilhões, alta de 19% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado do ano, o faturamento dos shoppings da rede chegou a R$ 21,2 bilhões, avanço de 12% sobre 2023.

A receita líquida da companhia cresceu 15,4%, para R$ 363 milhões no último trimestre. O lucro líquido do quarto trimestre foi de R$ 141 milhões, 17,5% a mais do que um ano antes. E o FFO (Fluxo de Caixa das Operações) saltou 20%, para R$ 196 milhões.

“O quarto trimestre foi excelente. Tivemos uma venda na mesma base de 11%, com crescimento dos aluguéis de 8%. Encerramos o ano com um aumento de 10% nas vendas, consolidando o bom desempenho do nosso portfólio”, diz Guido Oliveira, CFO da Iguatemi.

O ano de 2025 começou, segundo o CFO, com o pé direito. As vendas cresceram 18% em janeiro. "Mantivemos uma taxa de ocupação elevada e um nível de descontos reduzido", diz Oliveira.

Por isso, mesmo com a Selic subindo e indicações de que o consumo possa esfriar, a gestão da companhia está otimista para o ano. O CFO argumenta que o portfólio resiliente e voltado para consumidores da faixa AB+ deixa a Iguatemi em uma posição defensiva em relação ao cenário macroeconômico desafiador esperado para 2025.

No último trimestre de 2024, o desempenho operacional foi impulsionado pelo crescimento da ocupação dos empreendimentos, que atingiu 97,7% no último trimestre, acima dos 94,5% do mesmo período do ano anterior.

Numa ocupação que não dá sinais de fraqueza. Neste ano, são esperadas as inaugurações de lojas da H&M e da Comme des Garçons no Iguatemi São Paulo, além da chegada da Alo Yoga, marca americana de wellness e fitness, ao Shopping JK Iguatemi.

O avanço de ocupação foi acompanhado por uma redução nos descontos sobre aluguel, que passaram de 5% em 2023 para 3,5% em 2024, atingindo 2% no último trimestre do ano.

Expansão e gestão de portfólio

No fim do ano, a Iguatemi anunciou a compra de fatias detidas pela Brookfield nos shoppings Pátio Paulista e Pátio Higienópolis, num dos maiores negócios do setor.

O Iguatemi vai pagar R$ 550 milhões no total, dos quais R$ 370 milhões serão pagos em 2025 e o restante dividido entre 2026 e 2027. O movimento faz parte da estratégia da companhia de aumentar sua participação em ativos premium, considerados de alto potencial de valorização e geração de receita.

Pelos cálculos de mercado, a operação dobra a participação da empresa no Pátio Higienópolis para 24%, enquanto também garante 10% do Pátio Paulista.

Para equilibrar a alocação de capital, a Iguatemi deve vender fatias em mais dois shoppings onde detém participação superior a 60%. A companhia já adotou estratégia semelhante com as vendas do Iguatemi São Carlos e da fatia minoritária do Iguatemi Alphaville no ano passado.

“Nosso objetivo é manter a alavancagem controlada. Encerramos 2024 com 1,8x Dívida Líquida/EBITDA e queremos manter esse índice abaixo de 2x ao longo de 2025”, afirma Guido Oliveira.

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Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Jornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado

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