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Fundos de investimento

Bill Ackman reduz meta e passa a mirar IPO de US$ 2 bi para fundo

Bilionário previa levantar nada menos do que US$ 25 bilhões, fazendo da oferta do Pershing Square USA, a maior da história

Ackman: lançar um IPO menor acalmaria os investidores, segundo pessoas ouvidas pelo Financial Times (Bryan Bedder/Getty Images)
Ackman: lançar um IPO menor acalmaria os investidores, segundo pessoas ouvidas pelo Financial Times (Bryan Bedder/Getty Images)
Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 30 de julho de 2024 às 16:10.

Última atualização em 30 de julho de 2024 às 16:17.

Não, o gerente não ficou louco. Mas Bill Ackman reduziu (bastante) o valor alvo do IPO do seu fundo de investimento Pershing Square USA. O bilionário tinha como alvo levantar US$ 25 bilhões com a oferta, mas agora mira algo em torno de US$ 2 bilhões, depois de uma sequência de reveses.

A redução na meta de arrecadação é a segunda em questão de dias para um dos investidores mais conhecidos de Wall Street, e segue um atraso inesperado na semana passada causado por uma carta que Ackman enviou aos investidores de seu fundo hedge, Pershing Square Capital Management.

Inicialmente, o plano era de que a oferta pública inicial fosse precificada nesta segunda-feira, 29. Mas os planos mudaram depois de um dos investidores, o Baupost Group, Seth Klarman, desistir de investir, de acordo com o Financial Times e a Bloomberg.

O Baupost Group havia sido mencionado como um dos potenciais investidores na carta de Ackman aos investidores de seu fundo hedge. Nessa mesma carta, Ackman já sinalizada uma captação bem menor do que a esperada inicialmente: passou a projetar algo entre US$ 2,5 bilhões e US$ 4 bilhões.

A carta também levou os bancos a adiarem o cronograma para a listagem, sob o risco de o sinal amarelo pela Securities and Exchange Commission sobre alusões à atividade de negociação após o lançamento da oferta.

De acordo com documento publicado hoje, o Pershing Square Capital Management contribuirá com US$ 500 milhões para a oferta como o investidor âncora.

No mês passado, o investidor bilionário arrecadou pouco mais de US$ 1 bilhão vendendo uma participação de 10% no fundo hedge para um grupo de investidores, incluindo a companhia de seguros israelense Menora Mivtachim e o BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME). Ackman disse que parte desse dinheiro seria usado para criar o Pershing Square USA. Agora, a participação do fundo hedge implica que Ackman espera atrair cerca de US$ 1,5 bilhão de investidores externos.

A carta de Ackman revelou que os investidores expressaram preocupações sobre a listagem proposta nos Estados Unidos, incluindo suas afirmações de que o fundo negociaria com um prêmio.

Uma pessoa próxima ao Pershing Square USA ouvida pelo Financial Times disse que lançar o fundo em um tamanho menor acalmaria as preocupações de grandes investidores de que a ação não negociaria bem após o lançamento. Na Europa, a Pershing Square Holding tem negociado com um desconto da ordem de 20% sobre o valor patrimonial líquido.

Se ele tivesse conseguido lançar um fundo fechado de US$ 25 bilhões, teria feito do Pershing Square USA um dos maiores IPOs de todos os tempos. A empresa espera uma oferta agregada de 40 milhões de ações com preço de US$ 50 cada.

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Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Jornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado

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