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Ambev anuncia troca de CEO depois de cinco anos

Carlos Lisboa deixa a AB InBev América Central e assume a brasileira, enquanto Jereissati passa a liderar o mercado de maior volume da holding

Ambev: com 30 anos de AB InBev, Lisboa estava liderando o maior mercado da gigante cervejeira (Ambev/Divulgação)
Ambev: com 30 anos de AB InBev, Lisboa estava liderando o maior mercado da gigante cervejeira (Ambev/Divulgação)
Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 27 de agosto de 2024 às 18:26.

Última atualização em 27 de agosto de 2024 às 19:18.

A Ambev vai mudar de comando. Depois de cinco anos à frente da companhia Jean Jereissati vai liderar a AB InBev na América Central, divisão que inclui o México, Peru, Colômbia, Equador e Panamá (Middle America) e responde pelo maior volume de todo o grupo.

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No seu lugar, para comandar a Ambev, virá o pernambucano Carlos Lisboa, que tem 30 anos de companhia e mais recentemente comandava justamente a divisão para a qual Jereissati está indo.

Durante o tempo como presidente da Zona da América Central, Lisboa levou a operação ao patamar de maior mercado da AB InBev, junto com uma sólida transformação digital.

Jean Jereissati comandou a Ambev por cinco anos (Ambev/Divulgação)

Antes disso, Lisboa ocupou cargos de liderança sênior em todas as unidades de negócios da Ambev: como CMO no Brasil e liderando as operações da companhia no Canadá, América Latina Sul e no Caribe.

Nos cinco anos de gestão, Jereissati liderou a inovação do portfólio da companhia e a transformação digital no Brasil com o BEES e o Zé Delivery. Sob a sua liderança, a Ambev entregou volumes recordes no Brasil.

A mudança passa a valer em janeiro do próximo ano e vem em um momento em que a companhia passa a concentrar seus esforços de marketing em quatro marcas para proteger sua liderança de mercado — Corona, Spaten, Budweiser e Brahma —, em meio a um cenário de disputa mais acirrada com a Heineken e com o Grupo Petrópolis, que tem sido mais agressivo em preços nos rótulos mais populares.

Nos últimos trimestres a Ambev tem ganhado pouco volume em cerveja no Brasil, mas superado as expectativas de analistas. O foco, diz a companhia, é aumentar a rentabilidade.

A companhia, porém, tem tido um ambiente mais complexo nos mercados externos em que atua, o que tem sido um dos pontos de atenção do mercado.

Além do Brasil, a Ambev vende para os países vizinhos (Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia), países do Caribe e Canadá. 

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Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Jornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado

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