Esporte

UFC busca mais de US$ 1 bilhão por ano em novo contrato de direitos de transmissão

Liga de MMA pretende dobrar sua receita de mídia em negociações com a ESPN e outros potenciais parceiros

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 13 de janeiro de 2025 às 10h03.

O Ultimate Fighting Championship (UFC) está mirando um acordo histórico de mais de US$ 1 bilhão anuais (cerca de R$ 6,11 bilhões) por seus direitos de mídia, mais que o dobro do contrato atual com a ESPN, avaliado em US$ 450 milhões anuais (R$ 2,7 bilhões). As negociações, antecipadas pela Bloomberg, marcam um ponto decisivo para a organização, cujo contrato vigente expira no final de 2025.

As conversas exclusivas entre UFC e ESPN, uma das maiores potências de mídia esportiva, começam ainda este mês, embora discussões informais já estejam em andamento. A parceria entre as partes, fundamental para ampliar o alcance do UFC, inclui transmissões regulares e eventos pay-per-view pelo serviço de streaming da ESPN.

Dana White, CEO do UFC, reconheceu a evolução da colaboração: "No começo, nossa relação com a ESPN foi difícil, mas hoje estamos extremamente satisfeitos com a parceria".

Nova estratégia: direitos divididos, lucro ampliado

Inspirada por ligas como NFL e NBA, que lucram ao dividir seus direitos entre diversos parceiros, a TKO Group Holdings, proprietária do UFC e da WWE, considera adotar um modelo similar. A empresa acredita ter ao menos quatro ou cinco interessados de peso, incluindo Amazon, Netflix, Google (YouTube) e Warner Bros. Discovery.

Essa abordagem visa não apenas aumentar a receita, mas também diversificar os canais de distribuição para atingir novas audiências, principalmente no mercado de streaming, que continua em expansão.

A negociação ocorre em um momento em que o conteúdo esportivo ao vivo se tornou um dos ativos mais valiosos para empresas de mídia e tecnologia. Em 2024, as ações da TKO subiram 74%, refletindo o apetite do mercado por direitos esportivos e entretenimento.

Além disso, concorrentes como Amazon e Netflix têm mostrado agressividade no setor. A Netflix, por exemplo, assinou um contrato de US$ 5 bilhões (R$ 30,5 bilhões) para transmitir exclusivamente o WWE Raw por 10 anos.

Já a Warner Bros. Discovery, que perdeu os direitos da NBA, surge como uma possível concorrente de peso, enquanto o YouTube pode se posicionar como destino para eventos pay-per-view.

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