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Quanto custa preparar um atleta de elite? Valor no Brasil pode ultrapassar R$ 5 milhões

Veja a comparação dos custos de formação de atletas olímpicos entre Brasil e outros países

Custo de um atleta de alto nível no Brasil pode ultrapassar R$ 5 milhões. (Loic VEenance/AFP/Getty Images)

Custo de um atleta de alto nível no Brasil pode ultrapassar R$ 5 milhões. (Loic VEenance/AFP/Getty Images)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 26 de julho de 2024 às 12h00.

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Formar um atleta olímpico é um investimento que vai muito além do talento e dedicação individual. O custo para preparar um atleta de elite envolve uma série de despesas com treinadores, infraestrutura, viagens, alimentação, e equipamentos, entre outros. Este investimento significativo é essencial para que os atletas possam competir em igualdade de condições com os melhores do mundo. No Brasil, apesar dos desafios financeiros, programas como o Bolsa Atleta e patrocínios privados têm sido cruciais para sustentar a carreira de muitos atletas.

Em comparação global, os custos para formar um atleta olímpico variam enormemente. Países como Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Japão e Alemanha investem quantias elevadas para garantir que seus atletas tenham acesso ao melhor treinamento e suporte possível. Esses investimentos refletem a importância que cada nação dá ao sucesso esportivo e ao prestígio internacional, demonstrando que, além do talento, o apoio financeiro é um fator determinante para o sucesso nas Olimpíadas. As informações são dos comitês locais.

Custo no Brasil

No Brasil, o custo para formar um atleta de alto nível pode ultrapassar os R$ 5 milhões. Esta estimativa inclui gastos com patrocínio (42%), bolsa atleta (25%), equipe técnica (20%), viagens internacionais (5%), próteses (4%), viagens nacionais (1%), instalações de treino (1%) e suplementos (1%). Um exemplo citado é o nadador paralímpico Daniel Dias, cuja carreira de 16 anos acumulou esses custos. O apoio financeiro de patrocinadores e programas governamentais, como o Bolsa Atleta, é crucial para sustentar a formação e a carreira de atletas olímpicos no Brasil.

  1. Estados Unidos

Nos Estados Unidos, o investimento na formação de um atleta olímpico pode chegar a US$ 500 mil (aproximadamente R$ 2,6 milhões) por ano, especialmente em modalidades que requerem treinamentos específicos e infraestrutura avançada, como natação e ginástica artística. Universidades e programas esportivos de elite desempenham um papel fundamental, oferecendo bolsas de estudo integrais que cobrem custos de treinamento, competições e educação

  1. Reino Unido

No Reino Unido, o custo de formação de um atleta olímpico pode variar entre £300 mil e £1 milhão (aproximadamente R$ 1,9 milhão a R$ 6,3 milhões) ao longo de um ciclo olímpico de quatro anos. O financiamento é predominantemente fornecido pela National Lottery e pelo UK Sport, que investem em treinamento, infraestrutura e suporte médico. Este investimento robusto tem sido um fator chave no sucesso do Reino Unido nos Jogos Olímpicos recentes.

  1. Austrália

Na Austrália, o custo para preparar um atleta olímpico é estimado em cerca de AU$ 1 milhão (aproximadamente R$ 3,4 milhões) ao longo de um ciclo olímpico. O Instituto Australiano do Esporte (AIS) e outras academias de elite oferecem suporte abrangente, incluindo treinamento, nutrição, psicologia esportiva e equipamentos. A Austrália é conhecida por seu forte investimento em esportes aquáticos e atletismo.

  1. Japão

No Japão, formar um atleta olímpico pode custar entre ¥100 milhões e ¥200 milhões (aproximadamente R$ 4,5 milhões a R$ 9 milhões) durante sua carreira. O governo japonês, juntamente com patrocinadores corporativos, investe pesado em programas de desenvolvimento esportivo, infraestrutura e tecnologia de treinamento, especialmente em modalidades como judô, ginástica e natação.

  1. Alemanha

Na Alemanha, o custo para formar um atleta olímpico pode ser de aproximadamente €500 mil (cerca de R$ 2,6 milhões) ao longo de um ciclo olímpico. O suporte financeiro vem de uma combinação de financiamento estatal, patrocínios privados e apoio de clubes esportivos. O país possui um sistema robusto de treinamento e desenvolvimento esportivo, que inclui academias de elite e programas de identificação de talentos.

O custo elevado para formar atletas olímpicos nos países mencionados reflete o nível de investimento necessário para competir no mais alto nível do esporte. No Brasil, apesar dos altos custos e desafios, programas como o Bolsa Atleta e o apoio de patrocinadores têm sido essenciais para o desenvolvimento de talentos. No entanto, para competir de igual para igual com as potências esportivas, é necessário um investimento contínuo e sustentável em infraestrutura, treinamento e suporte aos atletas.

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