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Por que Bia Haddad perdeu para a número um do mundo na semifinal de Roland Garros

No placar final deu a lógica: a número um do mundo venceu a brasileira por 6/2 e 7/6

A tenista brasileira Bia Haddad durante partida contra a polonesa Iga Swiatek, a número um do mundo, em Roland Garros (Clive Mason/Getty Images)

A tenista brasileira Bia Haddad durante partida contra a polonesa Iga Swiatek, a número um do mundo, em Roland Garros (Clive Mason/Getty Images)

Ivan Padilla
Ivan Padilla

Editor de Casual e Especiais

Publicado em 8 de junho de 2023 às 16h11.

Se nas quartas de final a torcida estava a favor da tunisiana Ons Jabeur, na semifinal Bia Haddad foi empurada pelos gritos dos brasileiros nas arquibancadas da quadra Philippe-Chatrier, a principal de Roland Garros.

Em todos os games ouviu-se “Olê, olê, olê, olá, Biá, Biá”. Às vezes os torcedores trocavam o nome da jogadora pela de Guga. Gustavo Kuerten, três vezes campeão do Grand Slam parisiense, estava nos lugares destinados aos convidados de Bia.

Como foi o jogo?

A brasileira claramente crescia com o coro dos torcedores. No primeiro game, Bia quebrou o serviço da polonesa Iga Swiatek, a número um do mundo, sem perder um ponto sequer. Mas era difícil enfrentar a consistência e a concentração de Iga. No placar final deu a lógica. A número um do mundo ganhou por 6/2 e 7/6.

Os pontos fortes de Iga são a batida forte e regular e o foco. A cada virada, a cada segundo saque, a polonesa aproveita cada segundo para acalmar a respiração e desconcentrar a adversária. Ainda assim seu primeiro saque não entrou bem e ela fez seguidas duplas faltas. No segundo serviço, Bia conseguia atacar.

Nas quartas de final, contra a tunisiana Ons, Bia cresceu na partida, depois de perder o primeiro set. Na semifinal também foi assim. Bia conseguia ter calma para trocar bolas pesadas com Iga, esperando a chance certa de atacar. Ao contrário do jogo anterior, desta vez seu jogo de rede foi eficaz.

Bia conseguiu uma proeza enorme ao conquistar uma inédita passagem para uma semifinal de Grand Slam. Guga fez o mesmo ao conquistar seu primeiro título em Paris, em 1997, quando era um azarão. A presença na arquibancada do tricampeão talvez não tenha dado sorte. Mas Bia fez sua parte.

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