Promessa era de que o lucro poderia chegar a 5% ao mês, muito acima do que qualquer aplicação no mercado (Palmeiras/Divulgação/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 28 de julho de 2023 às 10h34.
Última atualização em 28 de julho de 2023 às 10h35.
A Polícia Federal apreendeu o lote de pedras preciosas da Xland Gestora de Investimentos, que, por ordem da Justiça de São Paulo, seguia em poder da empresa Sekuro Private Box.
Essa ação, que foi um pedido da Justiça Federal do Acre, tornou ainda mais complexo o caso em que Gustavo Scarpa cobra mais de R$ 6 milhões da Xland e da WLJC Consultoria Empresarial, de propriedade de Willian Bigode, e dos sócios das duas companhias.
Segundo o blog Perrone, do UOL, uma determinação judicial havia bloqueado cerca de 20 quilos de alexandrita para que o material servisse de garantia no processo que Scarpa move contra Bigode, em São Paulo. A apreensão surpreendeu as partes e gerou dúvidas sobre quais serão os próximos passos do processo
Nesta quinta-feira, a defesa de Willian Bigode, hoje no Athletico, protocolou petição na 10ª Vara Cível de São Paulo pedindo que sejam solicitadas informações à Justiça acreana sobre os motivos da apreensão.
O lote de aproximadamente 20 quilos de alexandritas vale algo próximo de 500 milhões de dólares (R$ 2.359.800.000), segundo a Xland. Porém, nota fiscal anexada ao processo aponta que elas foram compradas por R$ 6 mil pela empresa. Será necessária uma perícia para determinar o real valor das pedras.
Gustavo Scarpa investiu parte do seu patrimônio na empresa Xland após receber conselhos do então companheiro de Palmeiras William Bigode. A promessa era de que o lucro poderia chegar a 5% ao mês, muito acima do que qualquer aplicação no mercado.
Para convencer o meio-campista a investir, Gabriel Nascimento, um dos donos da empresa, chegou a dizer que a empresa tinha R$ 2,1 bilhões em pedras de alexandrita, um mineral de grande valor, além de possuir chácaras e terrenos como garantia.
Além de Scarpa, Mayke e Weverton investiram partes de seus capitais. O lateral-direito relata ter investido R$ 4.083.000 e não ter conseguido sacar os valores de rentabilidade, enquanto o goleiro não quis falar com a reportagem do Fantástico, da TV Globo sobre o caso.
Scarpa e Mayke processam três empresas: Xland, WLJC e Soluções Tecnologia Eireli enquanto tentam reaver mais de R$ 10 milhões investidos em criptoativos, sob promessas de retornos de 3,5% a 5%. Scarpa investiu R$ 6,3 milhões e Mayke, R$ 4,08 milhões.