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Polícia espanhola identifica autores de insultos racistas contra Vinicius Jr.

Ataques ocorreram em partida do Real Madrid contra o Betis, cujos torcedores também penduraram boneco em alusão a jogador do rival, Sevilla

Vini Jr.: nas investigações também foram identificados os responsáveis por pendurar um boneco alusivo ao jogador do Sevilla (David S. Bustamante/Soccrates/Getty Images)

Vini Jr.: nas investigações também foram identificados os responsáveis por pendurar um boneco alusivo ao jogador do Sevilla (David S. Bustamante/Soccrates/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 14 de julho de 2023 às 18h40.

Última atualização em 14 de julho de 2023 às 18h52.

A polícia espanhola identificou os torcedores acusados de entoar insultos racistas contra Vinicius Jr. durante uma partida entre o time da casa, o Betis, e o Real Madrid. Nas investigações também foram identificados os responsáveis por pendurar um boneco alusivo ao jogador do Sevilla (rival local do Betis) Joan Jordán.

A polícia definiu as duas ações como "ataques à integridade moral e à honra" dos jogadores de Real Madrid e Sevilla, denunciadas pela LaLiga "dada a gravidade do ocorrido".

Relembre o caso

O caso contra Vinicius Jr. ocorreu em uma partida em que o Betis recebeu o Real Madrid no dia 5 de março, por LaLiga. Na ocasião, "um indivíduo das arquibancadas do Gol Sul proferiu insultos seguidos de cânticos racistas". Na ação contra o jogador do Sevilla, no dia 20 de maio, véspera do clássico entre os clubes, um boneco com a camisa de Jordán foi pendurado em uma ponte em uma movimentada via da região.

Em depoimento à Justiça espanhola sobre ofensas racistas sofridas pelo jogador em outro episódio, em partida contra o Mallorca, o jogador afirmou que acredita que os insultos que vêm sofrendo continuamente no clube merengue são tanto por ser um jogador importante quanto pelo fato de ser negro. Um trecho da gravação do depoimento, prestado de maneira remota, já que Vini passa as férias no Rio de Janeiro, foi obtido pelo jornal espanhol "El Mundo".

O caso aconteceu em 5 de fevereiro, quando o Real visitou o estádio San Moix pela LaLiga. Câmeras de segurança captaram o momento que um torcedor do time da casa gritou para o brasileiro que ele era um "macaco p***", e o caso foi mais um que revoltou torcedores, jogadores, autoridades e figuras políticas ao redor do mundo. Este foi o primeiro depoimento de Vini Jr. à Justiça e, de acordo com a reportagem, durou cerca de 20 minutos, embora o veículo só tenha tido acesso a 1 minuto da gravação.

Em vídeo, a juíza pergunta: "Você acredita que essas expressões dirigidas a você são porque você é um jogador importante ou só por que é negro?", ao passo que o jogador responde que é "pelos dois". A magistrada então questiona se ele gostaria de receber a indenização a que tem direito caso seja considerado prejudicado pelos insultos, e ele afirma que sim.

Em seguida, a juíza conta que a pessoa que o chamou de "macaco" afirmou que fez referência ao fato de ele estar fazendo "macaquices", e não porque é "de uma raça ou outra". Vini Jr. respondeu: "Isso é para pessoas brancas, e não negras. Não se pode falar isso para pessoas negras, que foram muito afetadas por isso na história da humanidade".

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