Cerimônia contou apenas com a presença de familiares e amigos próximos (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 3 de janeiro de 2023 às 18h10.
Última atualização em 3 de janeiro de 2023 às 18h37.
O corpo do rei do futebol, Pelé, foi sepultado na tarde desta terça-feira, 3, no Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos, em uma cerimônia reservada que contou apenas com a presença de familiares e amigos próximos.
O sepultamento teve início por volta das 14h (horário de Brasília), após o carro dos Bombeiros percorrer as ruas de Santos com o corpo de Edson Arantes do Nascimento em um cortejo que durou cerca de 3 horas e meia.
O corpo de Pelé ficará em um mausoléu no primeiro andar do Memorial Necrópole Ecumênica. O corpo do pai do rei do futebol, Dondinho, está sepultado no mesmo Memorial.
Mais de 230 mil torcedores prestaram as últimas homenagens a Pelé, cujo velório aberto ao público chegou ao fim às 10h desta terça-feira na Vila Belmiro, estádio do Santos. Uma hora antes do término da cerimônia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou para dar o último adeus ao rei do futebol.
Acompanhado da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e do ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, Lula ficou ao lado do corpo do ex-jogador durante uma oração em área reservada a familiares e autoridades que durou aproximadamente 20 minutos. O presidente deixou o estádio sem falar com a imprensa. Em mensagem postada no Twitter, voltou a lamentar a morte de Pelé.
A morte de Pelé é uma perda irreparável para o Brasil. Estive hoje na Vila Belmiro para me despedir do nosso rei da bola, como presidente da República, mas também como cidadão admirador da arte que ele produzia em campo. Descanse em paz.
🎥: @ricardostuckert pic.twitter.com/UooztBrGTB
— Lula (@LulaOficial) January 3, 2023
Em depoimento gravado ao clube do Santos, Lula também relembrou os tempos no qual o Corinthians, seu time do coração, era freguês do Peixe.
“Olha, quem vai falar do Pelé agora não é o presidente da República. É um torcedor do Corinthians que foi assistir muito jogo do Santos contra o Corinthians e que viu o Corinthians perder muito jogo. E me parece que o Pelé tinha uma obsessão de derrotar o Corinthians, ele tinha uma obsessão de ganhar do Corinthians. Então, foi um período de 15 anos muito sofrido para os corintianos, mas tinha uma coisa muito importante no Pelé: ele obrigava a gente a ir em qualquer lugar ver um jogo de futebol. Acho que o Pelé simboliza tudo aquilo que é ascensão da espécie humana. Ele foi um jogador que, muito jovem, ganhou um protagonismo extraordinário e a coisa mais fantástica é que Pelé nunca ficou mascarado, nunca ficou de nariz empinado, sempre foi um cidadão humilde que conversava de igual para igual. Ele foi muito especial”.
Após o fechamento dos portões, o caixão com o corpo de Pelé deixou a Vila Belmiro em cima de um caminhão dos Bombeiros para cortejo pelas ruas da cidade litorânea paulista. O trajeto incluiu a Avenida Coronel Joaquim Montenegro (Canal 6), na qual vive Celeste Arantes, mãe de Pelé.
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