O Retorno de Simone Biles: diretora da série destaca bastidores por trás das filmagens ( Paul ELLIS/AFP)
Repórter de POP
Publicado em 29 de outubro de 2024 às 15h55.
Última atualização em 30 de outubro de 2024 às 12h16.
Após o sucesso dos primeiros episódios, a Netflix lançou na última sexta-feira, 25, a segunda parte de "O Retorno de Simone Biles". E a plataforma de streaming estava filmando, mesmo: mais focada na preparação das Olimpíadas de Paris, a continuação da série documental traz bastante da rotina de Simone antes do mundial — e de sua relação com Rebeca Andrade.
Nos Jogos Olímpicos de 2024, Biles voltou para Estados Unidos com quatro novas medalhas para sua coleção, três de ouro e uma de prata. A ginasta com as notas mais semelhantes às dela foi a brasileira, que conquistou um ouro, duas pratas, e um bronze na mesma competição. Os entrevistados para a segunda parte da série documental destacaram que Andrade já era e continuará sendo a maior adversária de Biles nos próximos anos.
"Rebecca é uma atleta incrível e uma alma tão bonita, você pode perceber que ela é uma pessoa legal tanto na competição quanto fora dela. E eu sei que a Simone a respeita e a admira muito", declarou a diretora da série documental, Katie Walsh, em entrevista à EXAME. "É maravilhoso de ver, porque elas se tornaram melhores graças à competição que proporcionam uma à outra. Essa 'rivalidade' tem sido muito boa para o esporte. Simone sente que a Rebecca a motivou a ser ainda melhor em quadra, e isso é algo positivo".
A série de Simone tem relatado alguns de seus maiores desafios de forma bastante próxima ao público. Katie conta que ela começaram a trabalhar juntas no documentário em 2019, muito embora as filmagens tenham começado em 2023. "Ter todo esse tempo foi benéfico para esse projeto. Quando começamos a filmar ano passado, nós já tínhamos um relacionamento, um nível de confiança e compreensão uma do outra que ficou impresso na série documental e ajudou — pelo menos é o que eu penso — a aproximar o público dela também".
Na segunda parte do documentário, o foco está na força e preparação física da atleta para as Olimpíadas de 2024 em Paris. Simone passa a perceber que mais do que testar os limites de seu corpo, também precisa lidar com o emocional dentro da competição e com as expectativas impostas a ela.
"A parte um e a parte dois foram filmadas em diferentes momentos da carreira e da vida dela na temporada. Se na primeira a gente via mais a evolução e o coração dela na carreira como um todo, nessa segunda, vemos ela imersa já na grande preparação para os Jogos Olímpicos e tudo o que isso representa", complementou Walsh. "E se tem uma coisa que amo sobre Simone é que a mesma pessoa que você vê na câmera é a que você vê fora dela também. Ela é muito autêntica e genuína e mudou os paradigmas da ginástica como um todo".
Para além da competição pessoal de Simone em si, a segunda parte da série documental também apresenta paralelos com outros ícones da ginástica, como Nadia Comăneci, Laurie Hernandez e Aly Rainsman. A antiga geração de atletas e a nova criam um espaço para refletir o quanto o esporte evoluiu, se transformou e se dificultou com o passar dos anos. E como Biles é um sinônimo de resiliência neste meio.
A série recebeu sua segunda parte no dia 25 de outubro de 2024 e está disponível no streaming da Netflix.
Após o intenso debate público sobre sua saúde mental, que a afastou dos Jogos Olímpicos de Tóquio, Biles retorna ao cenário olímpico, determinada a provar a si mesma e ao mundo seu verdadeiro potencial.