As vagas serão limitadas, por ora, a 200 membros. (Kelly Cestari/World Surf League/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2023 às 06h00.
O Mundial de Surfe (WSL) começa neste domingo, com a etapa do Havaí iniciando o calendário de 2023, que contará com mais dez paradas. A primeira delas é na praia de Pipeline, na Ilha de Oahu.
O Brasil entra forte na disputa e será representado por dez participantes entre os 36 competidores na modalidade masculina. São eles: Gabriel Medina, Filipe Toledo, Ítalo Ferreira, Caio Ibelli, Yago Dora, os irmãos Miguel e Samuel Pupo, Jadson André e Michael Rodrigues e João Chianca, os dois últimos garantidos pelo Challenger Series.
“A Brazilian Storm vem conquistando cada vez mais o coração dos brasileiros e os títulos mundiais. O resultado disso é uma modalidade em franco crescimento principalmente junto aos jovens. A mídia e o comércio agradecem.”, analisa Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports, agência de marketing esportivo.
“A vitoria é o melhor propulsor para o crescimento de uma modalidade. Eleva interesse, audiência, inspira as pessoas a praticarem, atrai marcas e dinheiro, faz crescer a indústria como um todo”, completou Armênio Neto, especialista de marketing em diversas indústrias e diretor executivo da Let!s Goal.
De acordo com a Odds&Scouts, uma das principais empresas de geração de dados para plataformas de apostas esportivas em todo o mundo, os brasileiros estão bem cotados para levar o título deste ano e os dois primeiros favoritos são do país. Gabriel Medina tem odds de 4.75 (para cada R$ 1 a aposta vencedora receberá R$ 4,75), enquanto Filipe Toledo tem 5.50.
Segundo o site Galera.bet, os principais concorrentes são o havaiano John John Florence (5.50) e o australiano Jack Robinson (7.50). Lembrando que quanto menos as plataformas pagam, maior a chance de o competidor vencer. O próximo brasileiro na lista de cotação é Ítalo Ferreira (8.00).
O Brasil ganhou os últimos quatro títulos mundiais, com Filipe Toledo no ano passado, Gabriel Medina em 2021, Ítalo Ferreira em 2019 e novamente Medina em 2018. O último antes dessa hegemonia foi justamente o havaiano Florence.
Entre as mulheres, o Brasil jamais foi campeão e conta neste ano com apenas uma competidora, a gaúcha Tatiana Weston-Webb, entre as 18 concorrentes.
“As referências são importantes. Com o sucesso da Rayssa Leal no skate, por exemplo, a quantidade de praticantes aumentou demais entre as mulheres. No Surfe é a mesma coisa. Já vemos mais praticantes nas praias, maior procura por professores e aulas, mas quando tivermos uma vencedora da competição o impacto será gigantesco”, crava Renê Salviano, CEO da Heatmap, empresa especializada em marketing esportivo e responsável por gerenciar contratos em redes sociais entre atletas, empresas e marcas.
O Brasil busca seu sétimo título na WSL. O primeiro veio em 2014, com Medina, que já ganhou três vezes. Adriano de Souza, Ítalo Ferreira e Filipe Toledo são os outros vencedores. Estados Unidos e Austrália dominam historicamente o tour tanto entre homens quanto mulheres.