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Licitação do Maracanã: Flamengo e Fluminense terão de ceder camarotes, ingressos e mais ao governo

Entre as obras a serem realizadas, a reforma da cobertura promete ser a mais complexa

Concessão do Maracanã: Flamengo e Fluminense também terão de fazer obras e intervenções para manutenção e melhorias (Érica Ramalho/Governo do Estado do Rio/Agência Brasil)

Concessão do Maracanã: Flamengo e Fluminense também terão de fazer obras e intervenções para manutenção e melhorias (Érica Ramalho/Governo do Estado do Rio/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 8 de maio de 2024 às 19h54.

Última atualização em 8 de maio de 2024 às 20h09.

O consórcio formado pela dupla Fla-Flu ofereceu o maior valor de outorga (dinheiro a ser pago anualmente ao governo do estado pela utilização de um espaço) e está perto de ser oficializado como gestor do Maracanã pelos próximos 20 anos. Com isso, poderá fazer planos no longo prazo e atrair parcerias. Mas também precisará oferecer contrapartidas. Algumas são obras e intervenções no estádio e no Maracanãzinho. Outras, contudo, são a concessão de regalias ao governo do estado.

Flamengo e Fluminense terão de ceder nada menos do que sete camarotes. Cada um tem serviço de bufê (custeado pela administração do estádio) e 40 vagas de estacionamento. Além disso, são obrigados a separar 90 assentos no setor Oeste inferior.

As regalias incluem o Maracanãzinho. Flamengo e Fluminense precisam destinar 60 ingressos sempre que um evento for realizado no local.

Isso sem contar que o próprio governo poderá escolher até seis datas por ano para uso do Maracanã. A única exigência (para o poder público estadual) é de que faça o pedido com pelo menos seis meses de antecedência. O Maracanãzinho também está submetido a esta regra. Mas, neste caso, será possível reservar até 12 datas e com um tempo mínimo de três meses.

Obras e melhorias

Nem só de regalias são feitas as exigências previstas no edital. Flamengo e Fluminense também terão de fazer obras e intervenções para manutenção e melhorias. A que promete ser mais complexa é nas coberturas do Maracanã e do Maracanãzinho. A primeira está perto de completar 11 anos. Os clubes, que já fazem a gestão de forma temporária há cinco anos, ainda avaliam se precisarão fazer a substituição completa.

"O Flamengo sabe que isso estava no pacote. E sabe que isso tem condição de ser feito e custeado de forma tranquila agora. Mas não sei quando vai ser feito, nem se vai ser manutenção ou troca", afirmou o vice geral Rodrigo Dunshee, que representou o Flamengo no evento de abertura das propostas financeiras, nesta quarta.

De acordo com o edital, também estão previstas para o Maracanã obras de recuperação dos sistemas de água, escadas rolantes, elevadores, ar-condicionado e exaustão. Além disso, modernização e adequação dos sistemas eletrônicos, pintura completa das instalações e a revitalização do Museu do Futebol que será levado para o terceiro andar, com acesso pela torre de vidro, atualmente fechada.

Para o Maracanãzinho, serão realizados instalação de um novo sistema audiovisual e acústico, requalificação das áreas de hospitalidade, e reparos na iluminação e na acessibilidade. Por fim, o consórcio ainda terá de separar o Parque Aquático Julio Delamare do complexo.

Nesta terça, a Secretaria da Casa Civil do governo do estado do Rio abriu as propostas financeiras dos duas candidaturas remanescentes (a outra é do Vasco/WTorre). A de Fla-Flu foi ligeiramente maior: R$ 20.060.874,12 ante R$ 20.000.777,28. Como a dupla também já havia obtido nota maior na fase anterior, a vitória na licitação é só uma questão de se cumprir a burocracia para publicação no Diário Oficial. A expectativa é de que isso ocorra até o fim do mês.

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