Na quarta-feira, um representante da instituição, Ángel Gabilondo Pujol, afirmou que o órgão recebeu a denúncia e aceitou os pedidos (Angel Martinez/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 26 de maio de 2023 às 12h00.
O último caso de racismo cometido contra Vinicius Júnior na Espanha, no duelo do Real Madrid contra o Valencia, gerou uma onda de ações ao redor do mundo. Uma delas foi a das entidades brasileiras Ceap (Centro de Articulação de Populações Marginalizadas) e pelo MNDH (Movimento Nacional de Direitos Humanos), que protocolaram um pedido de investigação sobre o racismo estrutural sofrido pelo jogador à Defensoria do Povo da Espanha.
Na quarta-feira, um representante da instituição, Ángel Gabilondo Pujol, afirmou que o órgão recebeu a denúncia e aceitou os pedidos.
O documento demonstra as 10 ocasiões em que Vinicius Júnior foi alvo de ofensas racistas na Espanha, afirmando se tratar de uma questão estrutural. O pedido prevê três medidas principais: a instauração de um procedimento administrativo para investigar os casos; o cumprimento de medidas para garantir o respeito ao jogador pela Federação Espanhola de Futebol; e um procedimento administrativo para determinar a responsabilidade do próprio governo nos episódios.
O embasamento do pedido é feito levando em conta artigos do Código Penal e da Constituição da Espanha que tipificam o crime de racismo. De acordo com Pujol, a instauração da investigação pela Defensoria do Povo não interfere com medidas de outros órgãos da Espanha