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Fã de Senna, Aurelia Nobels é a única mulher na F4 Brasil e sonha em correr pela Ferrari na F1

Fase final do FIA Girls on Track – Rising Stars será realizada no mês de novembro, na sede da Ferrari

Aurélia nasceu em Boston (Estados Unidos) e tem pais belgas (Marcelo Machado/Getty Images)

Aurélia nasceu em Boston (Estados Unidos) e tem pais belgas (Marcelo Machado/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 26 de agosto de 2022 às 10h11.

A jovem Aurelia Nobels, de 15 anos, integra o grid da recém-criada F4 Brasil, sendo a única mulher a competir no campeonato de base que soma pontos para a superlicença, necessária para se chegar à F1. No capacete, a pilota carrega três bandeiras: da Bélgica, país de origem de seus pais, a dos Estados Unidos, lugar em que ela nasceu e a bandeira do Brasil, no centro do equipamento, em que faz homenagem ao ídolo Ayrton Senna.

Além disso, ela está na final da seletiva FIA (Federação Internacional de Automobilismo) Girls on Track – Rising Stars, ao lado de outras três competidoras, que disputam uma vaga no Ferrari Driver Academy. Todas as pilotas que participaram desta primeira fase fizeram uma série de testes, não só em pista, mas também físicos e psicológicos.

No grupo Sênior, onde Aurelia fez parte, foram seis competidoras que estiveram na seleção. No total, 14 meninas fazem parte do programa.

A fase final do FIA Girls on Track – Rising Stars será realizada no mês de novembro, na sede da Ferrari. A melhor competidora ganhará uma vaga na Ferrari Driver Academy, que prepara pilotos visando a F1. Após o sucesso no primeiro passo da seletiva, Aurelia Nobels retorna ao Brasil para os compromissos na F4 brasileira.

Aurélia nasceu em Boston (Estados Unidos) e tem pais belgas. A família vive no Brasil desde que a jovem tinha três anos, mas o carinho pelo país vem de antes, também motivada pelo automobilismo.

Aurélia sonha com a Fórmula 1, que não tem uma piloto mulher desde a italiana Giovanna Amati, que participou dos treinos oficiais de classificação em três etapas da temporada 1992. Já a última a disputar uma prova foi a compatriota Lella Lombardi, que esteve em 12 corridas, entre 1974 e 1976. De lá para cá, as britânicas Susie Wolff - atualmente a chefe-executiva da equipe Venturi, na Fórmula E (monopostos elétricos) - e Katherine Legge são as que mais chegaram perto de competir na principal categoria do automobilismo.

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