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Agência de notícias
Publicado em 8 de março de 2025 às 12h31.
O clube Cerro Porteño do Paraguai tem uma semana de prazo para responder à denúncia do Palmeiras pelo caso de racismo registrado na partida que disputaram na quinta-feira em Assunção pela Copa Libertadores Sub-20, informaram fontes da Conmebol à AFP neste sábado.
O órgão regulador do futebol sul-americano repassou a denúncia ao clube acusado. "O expediente está aberto na unidade disciplinar" da Conmebol, informou um porta-voz à AFP.
A partida, vencida pelo Palmeiras (3-0) no estádio Gunther Vogel de San Lorenzo (periferia de Assunção), foi marcada por demonstrações de racismo de torcedores do time local, que fizeram gestos e chamaram os jogadores brasileiros de "macaco".
Ao falar sobre o ocorrido, o atacante Luighi chorou diante das câmeras ao final da partida, e a imagem exasperou e gerou reações massivas contra os atos de segregação, incluindo do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do presidente da FIFA, Gianni Infantino.
A Conmebol divulgou imediatamente um comunicado no qual ressaltou seu "rechazo tajante contra qualquer ato de racismo ou discriminação" e anunciou que tomaria "as medidas disciplinares correspondentes" enquanto "avaliava ações adicionais".
A direção do time paraguaio também se pronunciou e repudiou o fato, mas o Palmeiras pediu a expulsão direta do Cerro da competição.
— Vamos chegar até o último recurso para que o Cerro Porteño e os racistas e criminosos sejam punidos de maneira exemplar. De fato, vamos pedir que o time seja excluído da competição — disse a presidente da entidade paulista, Leila Pereira.
O time local, um dos clubes mais populares do Paraguai, deve identificar o autor ou autores do fato, além de se comprometer a realizar campanhas contra o racismo em todas as suas futuras apresentações, entre outras obrigações previstas nas disposições regulamentares.
Por reincidência, o Ciclón de Barrio Obrero está sujeito a uma multa de até 400 mil dólares.
A Conmebol já aplicou uma sanção de 100 mil dólares em 22 de julho de 2022 por uma denúncia apresentada também pelo Palmeiras após a partida das oitavas de final da Libertadores disputada em 29 de junho daquele ano, em Assunção.