Singapore (Singapore), 22/09/2024.- (L-R) French driver Pierre Gasly of Alpine F1 Team, British driver Lando Norris of McLaren F1 Team, Chinese driver Guanyu Zhou of Kick Sauber and Argentinian driver Franco Colapinto of Williams Racing arrive for the drivers' parade ahead of the Singapore Formula One Grand Prix at the Marina Bay Street Circuit, Singapore, 22 September 2024. (Fórmula Uno, Singapur, Singapur) EFE/EPA/TOM WHITE (TOM WHITE/EFE)
Redator na Exame
Publicado em 1 de outubro de 2024 às 13h55.
A Argentina está se mobilizando para retornar ao calendário da Fórmula 1, após um intervalo de 25 anos sem sediar uma corrida da principal categoria do automobilismo. O impulso vem do bom desempenho do piloto argentino Franco Colapinto, que vem chamando a atenção nas primeiras corridas pelo campeonato mundial com a Williams. Esse momento reacendeu o interesse pelo esporte no país, criando expectativas para a realização de uma nova prova no Autódromo Oscar y Juan Gálvez, em Buenos Aires. As informações são do BeINSports.
Daniel Scioli, secretário de Turismo, Meio Ambiente e Esportes da Argentina, anunciou em suas redes sociais que o país está preparado para o retorno da Fórmula 1. Ele destacou que "as condições estão certas", e que investimentos privados estão disponíveis para viabilizar o evento. Scioli também elogiou a liderança do presidente Javier Milei, que, segundo ele, vem colocando a Argentina em evidência global.
Durante a Feira Internacional de Turismo da América Latina, Scioli instou o prefeito de Buenos Aires, Jorge Macri, a concluir as reformas no autódromo para que o circuito atinja a classificação "Categoria 1" da FIA, condição necessária para sediar uma corrida de Fórmula 1. Segundo Scioli, o governo portenho está trabalhando para reclassificar o autódromo para o nível 2, mas o objetivo é alcançar o nível 1, exigido pela categoria.
Scioli também informou que as negociações com a Fórmula 1 já começaram e que ele pretende se encontrar com as principais autoridades da Liberty Media durante o Grande Prêmio de São Paulo, em novembro. Esse encontro será uma oportunidade para alinhar os últimos detalhes para a possível volta da Argentina ao calendário da Fórmula 1.
O Grande Prêmio da Argentina possui uma longa tradição na Fórmula 1. O país sediou 21 edições da corrida no Autódromo Oscar y Juan Gálvez, em Buenos Aires, entre 1952 e 1998. O circuito foi palco de grandes momentos da história do automobilismo, com vitórias de ícones como Juan Manuel Fangio. No entanto, questões econômicas e a falta de modernização do autódromo resultaram na saída do país do calendário da F1 após a edição de 1998.
Desde então, diversas tentativas de trazer o GP de volta foram feitas, incluindo projetos para um circuito de rua em Mar del Plata, em 2012, e a renovação do autódromo de Buenos Aires, em 2017. Nenhum dos esforços anteriores teve sucesso em garantir o retorno da corrida ao país, mas o atual governo vê uma nova oportunidade, especialmente com o recente interesse renovado pelo esporte, impulsionado pela "Colapintomania".
A ascensão de Franco Colapinto, primeiro piloto argentino a se destacar no cenário internacional da Fórmula 1 desde a época de Carlos Reutemann, trouxe nova vida à paixão do público argentino pelo automobilismo. Nos últimos anos, o interesse pelo esporte havia se tornado mais restrito a uma base fiel de fãs, mas agora, Colapinto está inspirando uma nova geração de argentinos a se conectarem com a Fórmula 1.
Com as negociações em andamento e os planos de reestruturar o Autódromo Oscar y Juan Gálvez, a Argentina busca reafirmar sua presença no esporte, que desempenhou um papel histórico no automobilismo mundial. Resta saber se o país conseguirá superar os desafios técnicos e financeiros para concretizar o retorno de um dos eventos mais aguardados pelos fãs do automobilismo local.