O Fifa 23, jogo de futebol da EA Sports, terá uma importante atualização nesta quarta-feira, 15. A Champions League feminina estará disponível para os usuários para a realização de torneios, partidas amistosas e confrontos online.

Com a inclusão do campeonato chancelado pela UEFA, as equipes femininas do Real Madrid, Wolfsburg, Juventus e Eintracht Frankfurt serão adicionadas no videogame.

“É importantíssimo ter a presença dos times e competições femininos. O Fifa é um dos principais modos de entretenimento para as novas gerações. É uma questão de representatividade. A criança quando vê seu ídolo em campo, quer reproduzir no game e depois na rua, na quadra, no campo. A mesma coisa com o esporte feminino. Mas até um tempo atrás isso não era possível, pois os jogos de esporte não contavam com as mulheres e suas estrelas”, analisa Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports, agência de marketing esportivo.

Além da Champions, o jogo terá também a inclusão da liga norte-americana. A NWSL (National Women’s Soccer League) trará a brasileira Debinha para os gramados virtuais. Ela será a segunda melhor atleta da liga, com uma nota 88, atrás somente de Alex Morgan, com 90. Outras estrelas também estarão nessa, como Megan Rapinoe (86) e Christen Press (86).

A NWSL começa no próximo dia 25. Por aqui, o Brasileirão já está a todo vapor, mas direitos comerciais afastam atletas nacionais, tanto femininos quanto masculinos, de terem seus nomes e características representados no jogo.

“A NBA já trabalha muito bem isso no seu jogo eletrônico, produzido pela 2k. Hoje o usuário pode construir sua carreira com um personagem feminino até alcançar os times da WNBA. Isso instiga e incentiva a modalidade real também. O desejo das jovens mulheres a alcançar um posto no esporte e traçar seu caminho no meio. Até algumas versões atrás elas não tinham qualquer espaço nos e-sports”, compara Renê Salviano, CEO da Heatmap, especialista em marketing esportivo.

O Fifa deverá trazer uma outra atualização em alguns meses, desta vez visando a Copa do Mundo feminina, que iniciará em julho, na Austrália e Nova Zelândia. As seleções já estão no jogo, mas a Copa deverá ganhar um modo especial, assim como aconteceu com os homens.

De acordo com a Odds&Scouts, uma das principais empresas de geração de dados para plataformas de apostas esportivas em todo o mundo, os EUA levam um ligeiro favoritismo no Mundial, com odds de 4.00 (para cada R$1 o palpite vencedor receberá R$ 4), seguidos de perto pela Inglaterra, com uma cotação de 4.50. Segundo algumas plataformas, como o Galera.bet, a Esportes da Sorte e a Casa de Apostas, o Brasil é o nono país com chances de levantar a taça, pagando mais de R$ 20 para cada real apostado em caso de título.

Os fãs do Fifa aguardam que o próximo passo da EA seja a inclusão das mulheres no Ultimate Team, modo mais popular da franquia. Lá, os jogadores montam suas equipes com cartas das suas estrelas favoritas, independentemente dos clubes onde jogam. O UT está ativo desde a versão 2009, mas nunca teve a presença das atletas femininas.