Show de Kendrick Lamar no Super Bowl neste domingo, 9 de fevereiro ( Gregory Shamus/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 12 de fevereiro de 2025 às 12h03.
A audiência da 59ª edição do Super Bowl, realizada na noite deste domingo, 10, com a vitória do Philadelphia Eagles por 40 a 22 sobre o Kansas City Chiefs, foi a maior da história dos Estados Unidos. Números da Fox Sports apontam que 126 milhões de espectadores assistiram ao evento, superando o recorde de 2024, com 123,7 milhões de pessoas conectadas.
Além da própria Fox Sports, a final da National Football League (NFL) foi transmitida por outros canais digitais, como Tubi, Telemundo e NFL Digital.
O pico de audiência aconteceu durante o segundo quarto da partida, mais precisamente entre 20h e 20h15, com registro de 135,7 milhões de espectadores.
"Apesar de ser um sucesso indiscutível dentro do território estadunidense, a organização da liga entendeu, há alguns anos, que poderia potencializar seu alcance em outros territórios e as pesquisas mostram que o Brasil era um dos locais a serem trabalhados. A repercussão da partida que ocorreu na Neo Química Arena, em 2024; os números da NFL in Brasa e a audiência do Super Bowl deixam evidente que os norte-americanos acertaram ao fazer essa aproximação da liga com o Brasil. Nossa cultura abraça o esporte e ama o entretenimento. A NFL une essas duas vertentes com excelência, criando experiências únicas para os torcedores, e acredito que esse seja o segredo deles", analisa Joaquim Lo Prete, country manager da Absolut Sport no Brasil, agência multinacional que comercializa pacotes de viagem para jogos da NFL.
Já a audiência do intervalo, que é tão aguardada quanto o jogo em si, com show do rapper Kendrick Lamar, contou com audiência de 131,2 milhões de pessoas.
"Tudo é pensado e projetado da melhor forma possível para o público que está presente fisicamente e também em casa, visto que a audiência simultânea atinge a casa dos milhões mundo afora, especialmente nesta Era do streaming. O Super Bowl é um dos melhores exemplos de como a experiência de um evento desta magnitude ultrapassa os limites das próprias arenas, chegando aos fãs do esporte uma cobertura completa via TV ou internet, na busca por um engajamento, interação e conversão cada vez maiores", explica Renê Salviano, especialista em marketing esportivo.
Assim como acontece todos os anos, o Super Bowl voltou a ter o comercial mais caro da indústria norte-americana, e na edição deste domingo, 9, os valores superaram os US$ 8 milhões (R$ 47 milhões na cotação atual) por 30 segundos de exibição. O Philadelphia Eagles saiu vitorioso ao vencer o Kansas City Chiefs, conquistando o Super Bowl LIX, em Nova Orleans, no Caesars Superdome, por 40 a 22.
Além do jogo em si e do show do intervalo, que neste ano teve o rapper Kendrick Lamar, os comerciais do evento estão entre os mais aguardados pelo público. Os valores são superiores aos de 2024, quando atingiram os US$ 7 milhões.
Outro destaque do confronto deste domingo foi o 'embate' entre a cantora Taylor Swift, namorada de Travis Kelce, do Kansas City, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Depois da popstar ter sido vaiada após aparecer no telão, Trump, que é desafeto da cantora por ideologias políticas, postou: “A única que teve uma noite mais difícil que o Kansas City Chiefs foi Taylor Swift. Ela foi VAIADA no Estádio. MAGA é muito implacável!”, escreveu.
“Mesmo que em um primeiro momento o valor possa assustar, vale considerar que estamos tratando do maior mercado de mídia do mundo e que vive um momento de muita disputa por atenção. Sendo assim um evento que tenha a capacidade de atrair tantos olhares de uma única vez e ainda gerar conversas nas redes sociais que perduram por dias depois do apito final, faz o investimento se justificar”, aponta Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.
"O Super Bowl já é um evento à parte devido a sua particularidade de unir o momento ápice da NFL com ícones da música e experiências incríveis para os torcedores. A participação de cantores e artistas consagrados ajuda a ampliar ainda mais a audiência e transcender o público fã do esporte, aumentando ainda mais o envolvimento com o espetáculo e trazendo novos públicos para a modalidade", encerra Danielle Vilhena, Diretora de Projetos e Operações da Agência End to End, empresa que conecta o torcedor à sua paixão e é um hub de soluções e engajamento para o mercado esportivo.
Os altos valores também tem a ver com a audiência do jogo. No Super Bowl de 2024, por exemplo, dados da Nielsen, empresa especializada em análises de audiência e tendências, mostram que 123 milhões de pessoas teriam assistido ao jogo em 2024, batendo o recorde de 2023, com 115 milhões. A projeção para este ano é de mais de 130 milhões de espectadores em todo o mundo.
"A organização do Super Bowl sempre foi referência para outras grandes competições mundiais, não apenas pelas cifras envolvidas, mas a excelência na entrega e organização junto às marcas parceiras, que deve sempre ser uma premissa", aponta Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports.